UNESP 2022 - Em uma democracia viva, as fronteiras do que é “o possível” estão constantemente em questão, deixam de ser óbvias e naturais. Questionar um aumento de tarifa de transporte significa também questionar como são elaborados os orçamentos públicos, como são executados, como são estabelecidas as prioridades. O mesmo vale para os protestos contra gastos com megaeventos como a Copa do Mundo e a Olimpíada. [...] Ao gritar e escrever “Não me representa”, quem se manifesta não quer apenas que o sistema político mude seu modo de funcionar: pretende mudar o jeito como a representação política é entendida.
(Marcos Nobre. Imobilismo em movimento: da abertura democrática ao governo Dilma, 2013.)
O texto analisa sentidos dos protestos de junho de 2013 no Brasil e atesta
(A) a prática de corrupção e desvio de dinheiro público, que sempre prevaleceu nos espaços decisórios da política brasileira, independentemente do grupo ou setor social hegemônico.
(B) a manipulação dos manifestantes por partidos políticos, que desejavam derrubar a presidente e criar condições para uma mudança ideológica radical no comando político do país. (C) o esforço coletivo de segmentos políticos variados, que defendiam a redemocratização brasileira e a superação da herança autoritária oriunda do regime civil-militar.
(D) o dinamismo das mobilizações, que combinavam reivindicações pontuais com processos econômicos estruturais e colocavam em debate a mecânica de representação e as formas possíveis de participação política.
(E) a ingenuidade dos manifestantes, que restringiam seus questionamentos a temas superficiais, sem perceber que o funcionamento geral da política depende das decisões políticas institucionais.
RESPOSTA:
Letra C.
O texto da questão aborda o embargo econômico imposto pelos Estados Unidos à Cuba na década de 1960, logo após o triunfo da Revolução Cubana. Essa política estadunidense consiste na interdição econômica e financeira sobre a ilha, de forma a impedir qualquer tipo de exportação oriunda dos Estados Unidos. A decisão pelo embargo, no ano de 1962, está inserida no contexto da nacionalização de refinarias de petróleo americanas em solo cubano. Desde então, o embargo persiste e, como aponta o excerto, é motivo de algumas controvérsias no cenário internacional.
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