FUVEST 2020 - China contra-ataca tarifas americanas com uma das armas que mais irritam Trump
O Banco Central da China, no dia 5 de agosto de 2019, permitiu que o yuan, moeda oficial do país, ultrapassasse pela primeira vez uma barreira de onze anos na relação com o dólar americano. A cotação do yuan ficou acima de 7 para 1, num claro contra-ataque de Pequim às novas tarifas anunciadas pelo presidente Trump sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses.
O mercado teme que a medida provoque ainda mais a ira do presidente Trump, que acusa Pequim de desvalorizar artificialmente sua moeda para impulsionar as exportações.
“Devido ao unilateralismo, ao _______(I)_____ comercial e às tarifas impostas à China, o yuan se depreciou em relação ao dólar americano, quebrando a barreira dos 7 para 1”, diz nota do Banco Central chinês. Disponível em https://www.gazetadopovo.com.br/
Considerando o excerto e o gráfico, responda:
a) A palavra omitida no texto é um conceito que
caracteriza a posição dos EUA ao tarifar os produtos
chineses. Qual é esse conceito? Responda na folha de
respostas.
b) Utilizando elementos do gráfico, caracterize a relação
comercial entre os EUA e a China.
c) Explique como a desvalorização cambial do Yuan
influencia a balança comercial entre esses países.
RESPOSTA:
a) A palavra omitida no texto é “protecionismo”, conceito vinculado a medidas econômicas realizadas por Estados nacionais na tentativa de aumentar as exportações e reduzir as importações. Em outras palavras, corresponde a uma série de ações que favorecem as atividades econômicas internas, dificultando ao máximo a importação de produtos, reduzindo, assim, a concorrência dos produtos nacionais com os estrangeiros.
b) A relação comercial entre EUA e China apresenta crescente déficit comercial para a economia estadunidense desde o início da década de 1990. Essa situação se torna mais aguda a partir de 2001, quando a China entrou na Organização Mundial do Comércio (OMC), cedendo a algumas exigências estabelecidas pela organização, como maior combate à pirataria e preservação dos direitos intelectuais. Em contrapartida, vários mercados, incluindo o norte-americano, reduziram estas restrições aos produtos chineses, medida que colaborou para a crescente exportação do país asiático. Os dados do gráfico demonstram que, nos últimos anos, esse déficit comercial supera os US$ 300 bilhões ao ano, o que causa grandes impactos para a balança comercial estadunidense.
c) A desvalorização cambial da moeda chinesa (yuan) é um dos fatores econômicos que mais contribuem para a redução nos valores finais dos produtos fabricados na China. Ao mesmo tempo, os produtos norte-americanos, produzidos numa economia cuja moeda vale aproximadamente 7 vezes mais que o yuan, tornam-se excessivamente mais caros dentro da economia desse país asiático. Assim, os produtos chineses são altamente consumidos no mercado norte-americano, não ocorrendo o mesmo em relação aos produtos “made in USA” dentro do mercado chinês.
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