FUVEST 2021 - [No Brasil] a transição da predominância indígena para a africana na composição da força de trabalho escrava ocorreu aos poucos ao longo de aproximadamente meio século. Quando os senhores de engenho, individualmente, acumulavam recursos suficientes, compravam alguns cativos africanos, e iam acrescentando outros à medida que capital e crédito se tornavam disponíveis. Em fins do século XVI, a mão de obra dos engenhos era mista do ponto de vista racial, e a proporção foi mudando constantemente e favor dos africanos e sua prole. Com base na leitura do trecho e em seus conhecimentos, podemos afirmar corretamente que no Brasil
a) A implementação da escravidão de origem africana não fez desaparecer a escravidão indígena, pois o emprego de ambos poderia variar segundo épocas e regiões específicas.
b) Do ponto de vista senhorial, valia a pena pagar mais caro por escravos africanos, porque estes viviam mais do que os escravos indígenas, que eram mais baratos.
c) O comércio de escravos africanos foi incompatível com o comércio de indígenas, porque eram explorados por diferentes traficantes, que competiam entre si.
d) Havia crédito disponível para a compra de escravos africanos, mas não de escravos indígenas, pois a Igreja estava interessada na manutenção de boas relações com os nativos.
e) A escravização dos indígenas pelos portugueses foi impossibilitada pelo fato de que os povos nativos americanos eram contrários ao aprisionamento de seres humanos.
RESPOSTA:
Letra A.
A utilização de mão de obra escrava na colonização do
Brasil recorreu tanto ao trabalho indígena como ao de
origem africana, inclusive comportando as duas
populações em um mesmo contexto. Pode-se afirmar que
o trabalho executado por ameríndios passou a diminuir
a partir de meados do século XVII, com o crescimento
do tráfico de escravizados africanos. Entretanto, a
utilização de mão de obra compulsória indígena somente
veio a ser proibida em 1758, no quadro das reformas
empreendidas pelo marquês de Pombal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário