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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Brasil na Segunda Guerra Mundial: Resumo | História

“Se o Brasil não vai à guerra, a guerra vem ao Brasil.” Foi o que aconteceu em 1942, quando navios brasileiros foram torpedeados por submarinos alemães em nosso próprio litoral. Só então o Brasil realmente entraria de fato na guerra, mas esta história começa bem antes.

A Segunda Guerra Mundial se iniciou em 1939 e durou cerca de seis anos. De um lado, estavam os países do Eixo: Alemanha, Itália e Japão. Por outro lado, os Aliados incluíam Inglaterra, França, Rússia e os Estados Unidos, que entraram no conflito após o bombardeio japonês à base militar de Pearl Harbor. O Brasil estava em uma situação delicada, pois Estados Unidos e Alemanha eram seus dois maiores parceiros econômicos.

É verdade que o governo de Getúlio Vargas tinha simpatias pelo regime alemão, mas o marketing norte-americano era muito mais eficaz. A política da boa vizinhança exaltava a cultura brasileira, incentivava celebridades do cinema a visitar e trabalhar no Brasil, o que gerava forte empatia popular. Além disso, o dinheiro falou mais alto. Os norte-americanos financiaram a construção da Companhia Siderúrgica Nacional, e o Brasil, em troca, permitiu a instalação de uma base militar no Rio Grande do Norte.

Em janeiro de 1942, o chanceler brasileiro Oswaldo Aranha anunciou o rompimento das relações diplomáticas com a Alemanha. A partir daí, vários navios brasileiros que levavam mercadorias para os Estados Unidos foram atacados, com base em informações de uma rede de espiões infiltrada no Brasil. Um sentimento anti-nazista começou a tomar conta dos brasileiros, reforçado pelo sucesso do filme “O Grande Ditador”, no qual Chaplin faz uma sátira impagável a Hitler.

Mas o pior ainda estava por vir. Em 15 de agosto, às 19 horas, os passageiros do navio brasileiro Baependi foram surpreendidos em pleno jantar por dois torpedos disparados pelo submarino alemão U-507. Das 306 pessoas a bordo, apenas 36 sobreviveram. A maioria ficou em um pequeno barco à deriva na escuridão. Duas horas depois, eles avistaram um clarão no horizonte. Era o navio Araraquara, também destruído pelo submarino alemão, com mais 131 mortos. E antes que o dia amanhecesse, o U-507 faria mais 150 vítimas ao afundar o navio Aníbal Benévolo. No dia seguinte, mais dois navios foram atacados.

A reação foi quase imediata. Estudantes organizaram passeatas, a população saiu às ruas e o Brasil declarou guerra aos países do Eixo.

Uma provocação da época afirmava: “É mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil mandar soldados para a guerra.”

Soldado Francisco de Paula carregando um obus 105mm com os dizeres
 "A cobra está fumando...".

Os alemães não acreditavam no poder militar brasileiro, mas a cobra fumou. 

Em setembro de 1944, 25 mil pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) se juntaram aos Aliados na Itália. Eles venceram importantes batalhas e capturaram mais de 20 mil soldados inimigos.

Com a vitória dos Aliados na guerra, a população brasileira pressionou Getúlio Vargas, e o Brasil conseguiu a volta das eleições diretas para presidente e para o poder legislativo. Um golpe militar tirou Vargas do poder, mas ele, político experiente, negociou uma renúncia e voltou eleito senador por dois estados e deputado por sete, graças a uma inusitada legislação eleitoral. Em breve, estaria de volta à presidência pelo voto popular.

Revolta da Chibata : Resumo | História

A Revolta da Chibata foi uma agitação militar dentro da Marinha do Brasil, ocorrida no Rio de Janeiro, de 22 a 27 de Novembro de 1910. Os militares lutam contra castigos físicos; salários baixos e péssimas condições de trabalho dentro da marinha.

É importante destacar que naquela época, a marinha do Brasil era formada por homens negros, ex-escravizados e recém-libertos.

Mesmo com o fim da escravidão, a herança escravagista brasileira havia deixado fortes marcas culturais em relação a como um subordinado negro deveria ser tratado enquanto trabalhador. Enquanto trabalhador, era submetido a uma rotina de trabalho pesada em troca de salários baixos. Apesar de abolida, na maioria das forças armadas do mundo, na marinha do Brasil qualquer tipo de discordância era punida com castigos físicos, e a chibata era a punição mais comum.

Para piorar a insatisfação dos marujos, apenas os oficiais receberam aumento salarial e o trabalho aumentou bastante com a encomenda de novos navios militares, sobrecarregando ainda mais os marinheiros.

Então, na madrugada de 22 de Novembro de 1910, os marinheiros do Encouraçado Minas Gerais, navio militar, se rebelaram. Principalmente depois de assistirem a torturas sofrida pelo marujo Marcelino Rodrigues, açoitado com 250 chibatadas até o desmaio. Liderados por João Cândido Felisberto, mais conhecido como Almirante Negro, o motim terminou com a morte do comandante do navio e outros oficiais que não aceitaram abandonar a nave de guerra.

Na mesma noite, o outro grande navio, Encouraçado São Paulo, se juntou ao motim e também outras embarcações aderiram ao movimento.

Os navios bombardearam a cidade do Rio de Janeiro causando um grande tumulto e o presidente Hermes da Fonseca, recém eleito, enfrentava a sua primeira crise.

Por issso, no dia 26 de Novembro de 1910, Hermes da Fonseca acatou as reivindicações feitas pelo movimento encerrando o episódio de revolta.

Mas, dois dias depois de os revoltosos entregarem as armas, foi decretado o estado de sítio e também a prisão dos marinheiros considerados indisciplinados. Sentindo-se traídos, os marinheiros se rebelaram novamente em dezembro, mas dessa vez a resposta do governo foi severa. E a prisão foi bombardeada e destruída pelo exército, tirando a vida de centenas de fuzileiros navais e prisioneiros.
João Cândido.

Alguns dos sobreviventes foram torturados, mas João Cândido sobreviveu. Ele foi perseguido e expulso da Marinha. Ele foi internado em um hospício e em 1912 foi inocentado. O almirante negro viveu como pescador e vendedor. Morreu em 6 de dezembro de 1969.

Primeira Guerra Mundial: Resumo | História

O que levou o mundo a se desentender tanto logo no início do século XX foram as tensões herdadas do século XIX, como a Revolução Industrial, o que gerou uma forte concorrência comercial dividindo a Europa, o velho mundo. Paralelo a isso, os países começaram uma rápida corrida armamentista dando a dica que isso culminaria em uma grande batalha logo logo. Era a chamada paz armada. Sem falar, que conflitos pré-existentes como a Guerra Franco-Prussiana, que gerou um forte revanchismo francês e atrapalhavam as relações deste país com a Alemanha.

Já o clima intelectual e artístico era o o da Belle Époque vivido desde 1871 até a explosão da guerra, uma fase marcada por inúmeros avanços na tecnologia, ciência e cultura. Tal clima, de certa forma, acabou estimulando o nacionalismo belicista. Disputas territoriais começavam em países menores. Tudo junto e misturado. A Rússia tinha forte interesse na região balcânica, e a Alemanha começava a se interessar por árias coloniais maiores. O forte nacionalismo, somado às disputas imperialistas, levou os países europeus à formação das alianças secretas. Bem no início do século XX houve a formação das alianças militares. Eram elas: a Tríplice Entente, entre França, Reino Unido e o Império Russo; e do outro lado vinha a Tríplice Aliança, com a Alemanha, o Império Austro-húngaro e o Reino da Italia.

A Tríplice Entente buscava manter a sua hegemonia. A Tríplice Aliança buscava conquistar maiores objetivos. Mas, o conflito iniciou mesmo foi 1914, com o assassinato de Francisco Ferdinando, o herdeiro do trono austro-húngaro por um nacionalista sérvio, em Sarajevo, capital da Bósnia. Por estar desconfiado dos austro-húngaros, a Sérvia se recusou a cooperar nas investigações.

Devido a essa má vontade, e, principalmente, pelo descontentamento com o nacionalismo sérvio, a Áustria-Hungria declara guerra à Sérvia. A Tríplice Entente saiu em defesa dos sérvios, enquanto a Tríplice Aliança apoiou a declaração Austro-húngara.

Num primeiro momento, os exércitos ficaram apenas se movimentando. Era a guerra de movimento. Cada lado fazia suas mobilizações nos sentidos de suas fronteiras.


Mais adiante, os soldados passaram a cavar quilômetros de trincheiras, formando uma espécie de labirinto, onde as tropas travavam batalhas sanguinárias e avançavam metros apenas, em direção ao adversário. Era uma guerra estática, que, além do cansaço físico, das mortes, gerava um grande desgaste psicológico naqueles que continuavam nas batalhas.

As batalhas contavam com o apoio das tecnologias e invençoes humanas, trazidas pela Bella Epoque, com tanques, aviões e a extração de petróleo.

A Tríplice Entente se saiu melhor desde o início da Primeira Guerra, mesmo com a saída da Rússia em 1917, que se retirou dos campos de batalha devido a Revolução Socialista.

Em 1918, a vitória da Tríplice Entente se consolidou, contando com a participação dos Estados Unidos, que entraram com grande reforço militar. Em 1919, na Conferência de Paris, foram estabelecidos os Tratados de Paz, destaque para o Tratado de Versalhes, que culpava a Alemanha e seus aliados como os únicos responsáveis por toda a destruição da Guerra.

O cenário pós-guerra, era uma Alemanha humilhada e os Estados Unidos extremamente fortalecidos. Como entraram no final da Guerra, os americanos não tiveram seu território afetado e puderam se fixar como uma potência soberana.

A Alemanha, além de ser obrigada a indenizar a Tríplice Entente, sofreu severas restrições via Tratado de Versalhes, algo que gerou enormes transformações políticas e econômicas no país. Um dos reflexos do desgaste do Estado, foi a República de Weimar, que derrubou o Imperador Guilherme II e instalou uma República Liberal na cidade de Weimar.

Nasceu também o Tratado das Ligas da Nações, que criou uma espécie de congresso com os representantes oficiais das nações que lutaram na Primeira Guerra. Era um tipo de antecedente da ONU (Organização das Nações Unidas). O intuito era evitar novos confrontos. Assim os países conseguiriam chegar a soluções pacíficas e diplomáticas. Infelizmente, sabemos que essa acordo de paz não deu certo. Vinte anos depois aconteceria a Segunda Guerra Mundial.

Vegetação no Maranhão: Resumo | Geografia

O Maranhão está localizado no meio Norte, mais a oeste do Nordeste brasileiro, e em seu território há características da transicionalidade existente entre a região amazônica, na Região Norte, e o semiárido do sertão, no Nordeste. O Maranhão possui uma rica diversidade de paisagens.

Na porção oeste e noroeste do Maranhão, podemos encontrar a chamada floresta ombrófila densa, que é a nossa floresta amazônica. Ela se encontra subdividida em duas regiões: a ombrófila densa, mais presente no oeste do território maranhense, com a presença principalmente de vegetação densa com a presença de buritizais, imburana e açaí; e a floresta ombrófila de platô, onde encontramos espécies arbóreas, árvores com até 50 metros de altura. Além disso, temos a submontana, que é a região da floresta amazônica com vegetaão de porte e densidade menores.

No território maranhense, também encontramos a vegetação do Cerrado, que predomina no estado, abrangendo o sul e o leste. O interessante dessa vegetação, com elevado grau de endemismo, é que sua fisionomia está associada às diferenças de umidade e porte das árvores que a compõem. Assim, encontramos diferentes formações: o Cerradinho, o Cerrado e o Cerradão.

Mata dos Cocais.

Na porção mais central, nos vales dos rios Itapecuru, Mearim, Grajaú e Pindaré, indo em direção ao golfão maranhense, encontramos as Matas de Cocais. Essa vegetação é muito interessante, pois caracteriza a transicionalidade entre o oeste amazônico, o sul do cerrado e o leste da caatinga, sem pertencer a nenhuma delas. As Matas de Cocais são extremamente importantes devido à presença dos babaçuais, uma espécie de grande valor socioeconômico. Milhares de famílias no Maranhão sobrevivem com o extrativismo do coco do babaçu. Em 1997, no município de Lago do Junco, foi aprovada a Lei do Babaçu Livre, e hoje diversos municípios do Maranhão já aprovaram essa lei, que garante o acesso às propriedades privadas para que as quebradeiras de coco possam fazer a coleta.

Temos também a vegetação dos campos inundáveis, no entorno do golfão maranhense, na região da baixada maranhense. Essa vegetação herbácea inclui algumas espécies de porte um pouco maior e ocorre em áreas inundadas devido à presença de grandes lagos formados durante as cheias na baixada maranhense.

No litoral, encontramos a vegetação de mangue, que é muito preservada e representa a área de mangue mais preservada do Brasil. Espécies como o mangue-vermelho e o mangue-branco chegam a atingir até 16 metros de altura.

Além disso, no litoral, há a vegetação de dunas, presente no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, entre os rios Periá e Preguiças. Mais a leste, em direção ao delta do rio Parnaíba, encontramos a formação de restingas.

Por fim, existem alguns enclaves de espécies de caatinga no extremo leste do Maranhão, na fronteira com o Piauí, que muitos chamam de vegetação de carrasco.

Assim é a paisagem maranhense, bastante heterogênea, devido à sua característica de transicionalidade. Um ponto importante: o geógrafo Aziz Nacib Ab’Saber coloca que o Maranhão faz parte de três domínios morfoclimáticos: o domínio do cerrado, predominante com mais de 64% do território; o domínio amazônico, com cerca de 35% do território; e 1% de domínio da caatinga

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Hidrografia do Maranhão: Resumo | Geografia

O território maranhense é drenado por rios limítrofes e rios genuinamente maranhenses. Entre os rios limítrofes está o rio Parnaíba, que separa o Maranhão do Piauí. O rio Gurupi também atua como divisor entre o Maranhão e o estado do Pará. Além disso, o rio Tocantins marca o limite entre o Maranhão e o estado do Tocantins. Temos ainda o rio Manuel Alves Grande.

Entre os rios genuinamente maranhenses, destaca-se o rio Itapecuru. Ele nasce no planalto maranhense, no centro-sul do estado, corta diversos municípios e deságua no golfão maranhense, na baía de São José. O rio Itapecuru é de grande importância, pois abastece São Luís por meio do projeto Italuís, construído durante o governo de João Castelo.

Outros rios relevantes incluem o Rio Mearim, que também nasce no planalto maranhense e deságua no golfão maranhense, e o rio Grajaú, um importante afluente do Rio Mearim. O rio Pindaré, o mais significativo do oeste maranhense, deságua na baía de São Marcos.

Além desses, temos os rios Periá e Preguiças, que deságuam no litoral oriental, e os rios Turiaçu e Maracaçumé, que deságuam no litoral ocidental.

Os rios genuinamente maranhenses estão subdivididos em quatro categorias: bacias primárias, bacia do golfão, bacia do litoral oriental e bacia do litoral ocidental. Essa classificação leva em consideração o local onde os rios deságuam.

Além das bacias mencionadas, o Maranhão possui uma extensa bacia lacustre. Essa formação lacustre, localizada a oeste da baía de São Marcos, na chamada baixada maranhense, é a maior do Nordeste brasileiro.

Devido à litologia predominante no Maranhão, que é caracterizada por bacias sedimentares, e às condições climáticas, especialmente o clima quente e úmido, formou-se ao longo do tempo geológico um grande reservatório de água subterrânea. O Maranhão possui um vasto potencial hídrico subterrâneo, sendo que a maioria dos municípios maranhenses é abastecida por poços.

A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), que divide as bacias hidrográficas brasileiras em regiões hidrográficas, classifica os rios genuinamente maranhenses e o rio Gurupi como pertencentes da Bacia do Nordeste Ocidental.

terça-feira, 23 de abril de 2024

Relevo Maranhense: Resumo | Geografia

O relevo do território maranhense tem predominância de baixas cotas altimétricas. No conjunto do relevo maranhense, encontramos 60% do território com formação de planície, que se encontra subdividida em planície costeira, planície litorânea e planícies fluviais.

Os 40% restantes representam as áreas planálticas e, no conjunto, formam o que chamamos de planalto maranhense, que se encontra subdividido em planalto meridional, planalto ocidental e planalto oriental. O planalto meridional se destaca pela serra da Mangabeira. O planalto central se destaca pelas serras da Cinta, Serra Branca, Serra Negra, Serra do Itapecuru. O planalto ocidental se destaca pelas serras da Desordem, Tiracambu e a Serra do Gurupi. Além disso, temos ainda o planalto oriental onde se destaca a Serra do Valentim, que impede que as águas do rio Itapecuru deságuem no rio Parnaíba.

Um detalhe importante é que, na classificação de Aroldo de Azevedo, o planalto maranhense faz parte do Planalto Central. Já na classificação de Aziz Ab’Saber, o planalto maranhense faz parte do Planalto do Meio-Norte (em classificação da década de 1960). E em 1989, com a classificação do geógrafo Jurandyr Ross, o planalto maranhense faz parte da classificação onde temos planaltos e chapadas da bacia sedimentar Piauí-Maranhão.

O que faz com que esse relevo planáltico do Maranhão seja de baixa altitude foram as ações erosivas, principalmente a erosão fluvial, já que grande parte dos rios maranhenses nasce na porção Centro-Sul. Além disso, temos a questão da dinâmica climática, já que o Maranhão apresenta climas úmidos e subúmidos. Predomina no Maranhão o clima tropical. Na parte oeste do Maranhão, o clima é equatorial. Esses são os dois fatores importantes, mas não devemos esquecer a estrutura geológica. Predomina no Maranhão bacias sedimentares, 90%. As bacias sedimentares foram formadas por deposição de sedimentos ao longo do Paleozoico, Mesozoico e Cenozoico. No Maranhão, predomina a bacia sedimentar do Mesozoico. E 10% do território maranhense é de formação cristalina do Pré-Cambriano. O núcleo de Gurupi e fragmentos cristalinos de São Luís chegam até a região de Rosário.

Revolução Russa de 1917 : Resumo | História

Havia muitos antecedentes que desencadearam a Revolução Russa de 1917, como, por exemplo, o atraso econômico da Rússia em relação a outros países europeus. O Império Russo na época era conhecido como o “Gigante dos Pés de Barro”. Apesar da libertação dos servos em 1861, a maior parte dos trabalhadores rurais vivia em péssimas condições, sendo a fome muito comum nas áreas rurais da Rússia, gerando uma tensão de classes crescente entre camponeses e burgueses.

Outro fator foi a chegada da industrialização nas cidades através de capital estrangeiro, fazendo com que os trabalhadores pouco a pouco começassem a se organizar em busca de melhores condições. Afinal, a exploração também acontecia nas cidades. Em 1905, a humilhante derrota na Guerra Russo-Japonesa desencadeou uma série de revoltas internas contra o regime absolutista do Czar Nicolau II, com greves e protestos explodindo em diversas regiões do império. Ainda em 1905, aconteceu o Domingo Sangrento, episódio também conhecido como Ensaio Geral, onde guardas do czar receberam os manifestantes a tiros em frente ao palácio real.

A situação ficou insustentável em 1914, quando a Rússia decidiu entrar na Primeira Guerra Mundial, mesmo estando devastada economicamente. A crise militar gerou até falta de munição durante o conflito, o que resultou na perda de milhões de soldados e piorou as tensões entre o governo e a população. A primeira fase do levante socialista ocorreu em 1917, com a Revolução de Fevereiro, liderada pelos mencheviques. Uma marcha pelo Dia das Mulheres acabou se transformando num protesto generalizado contra a situação da Rússia. Os proletários invadiram o palácio do czar, em São Petersburgo, e forçaram a sua renúncia, organizando-se em um governo provisório, com uma Assembleia Constituinte.

A política estava dividida entre bolcheviques e mencheviques, representados por inúmeros partidos socialistas e liberais.

No entanto, a permanência na Primeira Guerra ainda causava revolta entre os trabalhadores. O cenário de instabilidade chegou ao ápice quando tropas ligadas ao czar fizeram uma tentativa de retomar o poder monárquico, sendo impedidas pelo Exército Vermelho de Leon Trotsky, um dos grandes líderes da revolução. Tudo isso abriu caminho para a Revolução de Outubro, quando os bolcheviques promoveram a derrubada do governo provisório, tomaram o poder e fecharam a Assembleia Constituinte, liderados por Vladimir Lenin e suas Teses de Abril, de pão, terra e paz para o povo russo. O Partido Operário Social-Democrata Russo também retirou a Rússia da Primeira Guerra, aplicou a coletivização dos campos e introduziu medidas sociais para conter a miséria no país.


Em 1921, Lenin lançou ainda a Nova Política Econômica, NEP, que, na prática, é um recuo comunista de guerra centralizador. Ele permite a criação de pequenas propriedades privadas e a entrada de investimentos estrangeiros. Era a teoria de dar um passo para trás para poder dar dois passos para frente.

Finalmente, chegava a queda total da autocracia russa. Porém, a revolução não salvou a Rússia de uma sangrenta guerra civil entre os apoiadores do Exército Vermelho e os do Exército Branco, formado por monarquistas e nações capitalistas.

Em 1922, Lenin conseguiu que fosse aprovada a fundação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

Movimentos da Terra: rotação e translação

A Terra executa vários movimentos, mas dois se destacam em termos de importância: os movimentos de rotação e de translação. São movimentos que geram consequências diretas para nós, seres humanos.

O movimento de rotação é aquele que a Terra executa em torno de seu eixo imaginário, ou seja, ao redor de si mesma. É o giro constante que a Terra realiza. Esse movimento de rotação tem uma duração de 23 horas, 56 minutos e 04 segundos. Mas, historicamente, convencionou-se que a rotação tem uma duração de 24 horas. A rotação é responsável pela ocorrência dos dias e das noites. Veja bem, se esse movimento não ocorresse constantemente, a Terra teria somente um lado iluminado. Nós teríamos constantemente uma parte da Terra iluminada e muito quente e o outro lado sem luz, com temperaturas muito baixas. O movimento de rotação é, portanto, fundamental para a manutenção da vida no planeta. E esse movimento de rotação ocorre no sentido anti-horário. Esse movimento também é contínuo, pois não existe nenhuma força que impeça a Terra de se movimentar, que pare a Terra. Uma das comprovações mais simples que você pode ter a respeito do movimento de rotação é o chamado movimento aparente do Sol. É como se o Sol desenvolvesse um movimento no céu ao longo do dia. Mas não é o Sol que se movimenta, quem se movimenta é a Terra. Então, a partir do momento em que observamos o movimento aparente do Sol, podemos comprovar o movimento de rotação do planeta. E embora pareça muito lento, o movimento de rotação é bastante rápido, ocorrendo a uma velocidade aproximada de 1666 Km/h.

O movimento de translação é aquele que a Terra executa ao redor do Sol. Tem uma duração aproximada de 365 dias e 6 horas. É importante considerarmos essas seis horas porque, ao final de 4 anos, ou seja, ao final de quatro translações, elas se acumulam para dar origem ao dia 29 de fevereiro, um dia extra no nosso calendário. Quando o mês de fevereiro tem 29 dias, temos, portanto, a ocorrência do ano bissexto. É muito importante que esse ajuste seja feito, essas horas que excedem os 365 dias da translação, para que não haja mudanças no início e fim das estações do ano. O movimento de translação gera o nosso ano de 365 dias. O movimento de translação não é um movimento circular, mas sim elíptico. Assim, existem dois momentos especiais em que a Terra estará mais distante ou mais próxima do Sol. O momento em que a Terra se encontra mais distante do Sol é chamado de afélio, e o momento em que ela se encontra mais próxima do Sol é o periélio. Além de condicionar o nosso calendário anual, ou seja, uma translação da Terra sendo igual à ocorrência de um ano, o movimento de translação também é importante porque ele gera a ocorrência das estações do ano. Então, quando falamos em verão, estamos nos referindo a um momento em que o hemisfério norte ou o hemisfério sul recebe mais luz solar. O verão é caracterizado pelo período do ano em que os dias são mais longos que as noites. O inverno é o contrário; ocorre no hemisfério norte ou no hemisfério sul, a partir da menor recepção de luz solar. Nesse caso, o inverno pode ser caracterizado como o período do ano em que as noites são mais longas que os dias. A primavera e o outono são as estações mais equilibradas, em que os dias e as noites têm durações semelhantes.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Problemas ambientais urbanos

A questão ambiental é um dos grandes problemas no mundo atual. Ela está presente nas discussões políticas de todos os países. O tema ambiental deixou de ser apenas uma questão ecológica e passou a ser amplamente debatido sob as perspectivas econômica e política. As preocupações com o meio ambiente têm aumentado consideravelmente. Esse aspecto é fundamental desde a segunda metade do século XX.

Então, a partir desse período, o ser humano começa a entender que o meio ambiente reage às práticas e ações humanas. E, a partir disso, é possível observar que podemos dividir os problemas ambientais de acordo com sua origem. Assim, podemos compreender os problemas ambientais globais, os problemas ambientais das áreas rurais e os problemas ambientais das áreas urbanas.

Se a gente parar para analisar os problemas ambientais urbanos, é possível identificar causas. A verdade é que eles decorrem da primeira revolução industrial. A partir do processo de industrialização, as cidades vão crescer muito e normalmente crescem de forma desordenada, ou seja, sem planejamento. Além disso, é preciso considerar o aumento da população. Quanto mais pessoas, mais o ambiente vai sofrer, sem dúvida alguma. Portanto, é muito importante entender que é possível identificar problemas ambientais ligados ao ambiente urbano, ou seja, às cidades, a partir da industrialização maciça, ou seja, a partir da primeira revolução industrial.

Quando se pensa nos problemas ambientais ligados à cidade, a poluição atmosférica é frequentemente a primeira que vem à mente. Ela resulta naturalmente da atividade industrial, do uso de veículos em massa no ambiente urbano e também das queimadas no meio rural. Esses fatores afetam diretamente a qualidade do ar nas cidades. No contexto urbano, três problemas associados à poluição atmosférica são nitidamente identificáveis:
  • Ilha de calor: Esse fenômeno ocorre nos centros das grandes cidades, onde a temperatura é significativamente mais alta do que nas áreas circundantes. A poluição, a ausência de vegetação e o excesso de pavimentação dos solos contribuem para esse aumento de temperatura.
  • Inversão térmica: Trata-se de uma ruptura no ciclo natural do ar. Em vez de subir, o ar frio fica preso próximo à superfície, impedindo a dispersão dos poluentes. Isso agrava a poluição atmosférica.
  • Chuva ácida: A chuva carregada principalmente de derivados de ácidos de enxofre cai sobre a superfície, causando danos a lavouras, monumentos e outros elementos. Esse fenômeno é resultado da poluição atmosférica e tem impactos significativos.
Outro grande problema ambiental urbano são as enchentes que afligem as grandes cidades. As enchentes estão associadas basicamente ao fato de que os solos no ambiente urbano são muito pavimentados, ou seja: tem muito asfalto, tem muita calçada. E aí quando chove a água da chuva não tem como mais infiltrar no solo, como é o processo natural. E associado a isso, o fato de que a infraestrutura subterrânea de captação dessa água da chuva, normalmente não é bem feita. Resultado: a água fica sobre a superfície. Enchente é um sintoma de cidade que cresceu de maneira desordenada, é um sintoma clássico e está presente na maioria das grandes cidades do mundo.

Um problema ambiental que aflige a humanidade de modo geral é a questão do lixo. O destino dos nossos resíduos é algo realmente preocupante. Hoje, existem discussões sobre como gerar menos lixo ou produzir lixo que seja menos nocivo ao meio ambiente. Nas cidades, o lixo basicamente tem dois destinos: os lixões e os aterros sanitários. Vamos entender melhor cada um deles:
  • Lixões: Os lixões são ambientes onde o lixo é armazenado sem nenhum cuidado. Na verdade, ele é depositado a céu aberto, o que gera proliferação de doenças, poluição do solo e contaminação dos lençóis freáticos devido ao chorume. O chorume é aquele líquido escuro e fétido que sai do lixo e pode ser altamente prejudicial. A Organização Mundial da Saúde indica que os lixões devem ser abolidos em todo o mundo. No entanto, essa prática ainda é comum em muitas cidades brasileiras.
  • Aterros sanitários: Os aterros sanitários são obras de infraestrutura construídas com todas as técnicas da engenharia para receber o lixo urbano. Diferentemente dos lixões, o lixo não fica em contato direto com o solo. O chorume é recolhido nos aterros sanitários, o que evita sua infiltração na água da chuva e a contaminação do lençol freático. Assim, o solo não é poluído. No entanto, a construção e manutenção de aterros sanitários são caras. Além disso, para que funcionem adequadamente, é necessário que o poder público invista na captação e no recolhimento do lixo reciclável. O lixo reciclável não deve ir para o aterro sanitário, pois esse local é destinado principalmente ao lixo orgânico, que é tratado sem degradar o meio ambiente.

Em grandes cidades, especialmente naquelas que crescem de forma muito desordenada, ou seja, sem planejamento, as águas que cortam essas cidades, os mananciais, normalmente são poluídos. A poluição das águas é outro fator muito marcante em cidades grandes e representa um dos problemas ambientais mais preocupantes. Essa poluição das águas das grandes cidades está ligada sobretudo ao lançamento do lixo nas águas, também ao resíduo do esgoto que não é tratado. Portanto, se não há uma obra ou sistema de saneamento básico que funcione bem, o esgoto produzido nas casas das pessoas que moram em cidades grandes vai parar nos rios. 

Lixo no rio, em um local sem saneamento báscio.

O tratamento de esgotos é fundamental também para a proteção dos rios que cortam as grandes cidades. E se não há coleta de lixo eficiente, muitas pessoas lançam seu próprio lixo nos rios urbanos. Esses são dois elementos extremamente nocivos para as águas urbanas: o lançamento de lixo in natura e esgoto sem tratamento.

E outros aspectos ligados à questão ambiental das cidades dizem respeito à poluição visual e sonora. Esses dois tipos de poluição afetam diretamente a qualidade de vida dos habitantes urbanos. As cidades são naturalmente barulhentas. A poluição sonora nas cidades está diretamente relacionada ao seu crescimento: muitos veículos e propagandas nas ruas contribuem para o aumento do volume sonoro. Para manter a qualidade do ambiente urbano, são necessárias leis e regulamentos municipais que estabeleçam limites para o volume de som permitido em áreas urbanas. Infelizmente, nem sempre essas regras são respeitadas. Além disso, a poluição visual está ligada à publicidade e ao marketing. Outdoors, fachadas de lojas e outros elementos de marketing são projetados para atrair a atenção do público, mas muitas vezes acabam prejudicando a estética do ambiente urbano.

domingo, 21 de abril de 2024

Rios da Europa

A hidrografia do continente europeu é constituída por rios que são relativamente pequenos quanto a seu curso e volume. Apesar disso, eles são muito importantes para as atividades desenvolvidas na Europa, principalmente, por se tratarem, em sua maioria, de rios navegáveis.

O Rio Volga é o mais extenso rio europeu (3.688 km). Nasce no Planalto de Valdai, atravessa a planície russa e desemboca no Mar Cáspio.

O Rio Reno é o mais importante rio europeu, devido ao intenso transporte de matériasprimas e produtos industrializados através dele. Nasce nos Alpes (suíços), atravessa o Lago Constança, passa por um pequeno trecho da França, liga a grande região industrial da Alemanha e desemboca no Mar do Norte (na Holanda), junto à sua desembocadura encontrase o Porto de Rotterdã, o maior da Europa.

O Rio Danúbio é o "internacional" da Europa, pois atravessa vários países: Alemanha, Áustria, República Tcheca, Eslováquia, Hungria, Iugoslávia, Bulgária e Romênia. Banha as cidades de Viena, Budapeste e Belgrado. Sua foz faz a fronteira entre a Romênia e a Ucrânia.

Alguns rios banham cidades importantes, como: 
• Rio Tejo: Lisboa 
• Rio Tâmisa: Londres 
• Rio Pó: Norte da Itália 
• Rio Sena: Paris 
• Rio Tibre: Roma 
• Rio Vístula: Varsóvia 

Em geral são rios de planícies favorecendo a navegação e escoamento dos produtos. Porém os Alpes e Pirineus são aproveitados como formadores de quedas d’água aproveitadas na geração de energia em usinas hidrelétricas.

Posição astronômica e geográfica da Colômbia

A República da Colômbia está localizada a noroeste do continente sul-americano. Ao norte, faz fronteira com a República do Panamá e o Mar do Caribe, a leste com as Repúblicas da Venezuela e do Brasil, ao sul com as Repúblicas do Peru e do Equador, e a oeste com o Oceano Pacífico.

Mapa: Fronteiras da Colômbia (em espanhol).

Seu território possui 1.141.748 km² de superfície continental, somando águas marinhas e subaquáticas, 928.660 km², a extensão é de 2.070.408 km².

O país está dividido em 32 departamentos e um distrito capital (Bogotá), além de seis grandes regiões: Andina, Caribe, Pacífico, Orinoquía, Amazônia e Insular.

A Colômbia se estende de 4º 13’ 30" de latitude sul a 12º 27’ 46" de latitude norte; e de 66º 50’ 54" oeste do meridiano de Greenwich, no leste, até 79º 0’ 23" do mesmo meridiano, no oeste."

Problemas Ambientais da Europa

Apesar de os governos e as organizações internacionais terem criado fortes esquemas de controle, os problemas ambientais ainda persistem na Europa. 

Os principais são: 
■ a chuva ácida decorrente do uso de combustíveis derivados do petróleo (gasolina, óleo diesel etc.) e, sobretudo, do carvão; 
■ os incêndios florestais e a degradação da terra, com a perda da produtividade biológica ou econômica, principalmente no sul da Europa; 
■ a exploração dos recursos pesqueiros no Mediterrâneo e no Atlântico;

■ os resíduos nucleares, provocados pela operação de usinas, sobretudo na França; 
■ o uso predatório do litoral para fins turísticos, sobretudo na Europa do sul; 
■ a destruição dos habitats naturais de espécies européias (lince, aves de rapina etc.); 
■ a contribuição para o aumento da temperatura global, causado pelo desmatamento, queimadas, uso de combustíveis derivado do petróleo, tendo como consequência a emissão de gases poluentes; 
■ a poluição atmosférica e sonora das grandes cidades.

Referência:
Fundação CECIERJ.

A vegetação do continente africano

O continente africano possui grande diversidade de formações vegetais. Nele convivem, por exemplo, paisagens desérticas, como o Saara e o Kalahari, e uma das zonas mais úmidas do planeta, situada na faixa do Equador, que é a Floresta do Congo.

Por estar localizada, em sua maior parte, entre o Trópico de Câncer, ao norte, e o de Capricórnio, ao sul; e por possuir um relevo com elevadas altitudes, a África apresenta climas variados: de altitude, temperado, semiárido, subtropical, equatorial chuvoso e desértico.

A vegetação africana é influenciada pelos seus diversos climas, pela distribuição do relevo e pelas correntes marítimas.

As Florestas Tropicais e Equatoriais úmidas estão localizadas na faixa que envolve a linha do Equador. A principal é a Floresta do Congo, drenada pela extensa Bacia do Rio Congo, o qual tem cerca de 4.200 km de extensão. Faremos a seguir uma pequena caracterização de cada tipo de vegetação do continente africano.

■ As Savanas acompanham ao norte, ao sul e a leste os limites das florestas tropicais, em regiões com estações mais delimitadas, sendo uma seca, no inverno, e outra chuvosa, no verão. Nas áreas mais úmidas, encontramos árvores, porém mais espaçadas que as da floresta equatorial, e grande diversidade de animais de médio e grande porte. Nas áreas mais secas, verifica-se a predominância de gramíneas.
Vegetação de savana pela Tanzânia.

■ As Estepes são vegetações rasteiras presentes nas áreas de clima semiárido que margeiam os desertos do Saara e do Kalahari; 
■ Os Campos Temperados (pradarias) localizam-se na porção sudeste do continente, onde os europeus puderam se adaptar melhor na época da colonização (do século XVII ao início do século XX); 
■ A Vegetação Mediterrânea encontra-se no noroeste do continente, sendo arbustiva, nas áreas mais próximas do Mar Mediterrâneo, e de pinhos e cedros, nas áreas mais chuvosas da Cadeia do Atlas; 
■ Os Manguezais predominam nas paisagens do litoral, formadas ao longo do contato das águas oceânicas com as águas dos rios africanos, apresentando grande quantidade de espécies da fauna marinha; 
■ A Vegetação de Montanha (taiga africana) é encontrada nas áreas mais altas do continente, com predomínio de pinheiros, cedros e árvores de clima mais frio.

Referência:
Fundação CECIERJ.

Relevo e Hidrografia da região Centro-Oeste

O relevo da região Centro-Oeste brasileira é predominantemente plano. Nele se destacam as chapadas, formas de relevos aplainadas pela erosão. Os divisores de águas entre as bacias dos rios Amazonas e Paraguai são as Chapadas dos Parecis e a Serra de São Lourenço.

Mapa do relevo da região centro-Oeste

Do mesmo modo que no Nordeste, também no Centro-Oeste, as chapadas foram aplainadas pela ação erosiva dos ventos. Atualmente, porém, o principal fator de erosão da região é a água das chuvas.

Hidrografia da região Centro-Oeste.

Uma vez que o relevo apresenta baixas altitudes, a convergência de diversos rios, vindos de todas as direções, é favorecida. Alguns destes rios, como o Tocantins, o Araguaia, o Paraná, o Paraguai, dentre outros são formadores das principais bacias hidrográficas do país e têm suas nascentes localizadas na região Centro-Oeste. Este fato está vinculado à existência de vários divisores de água na região. Isso acontece com parte das bacias Amazônica, do Tocantins e do Paraná, localizadas na região Centro-Oeste.

A maioria dos rios do Centro-Oeste possui elevado potencial para a produção de energia, já que muitos deles apresentam corredeiras e quedas d’água, faorecendo a construção de várias usinas hidrelétricas no Rio Paraná, dentre elas, as de Porto Primavera e Jupiá, no Mato Grosso do Sul, que juntamente com a Usina de Ilha Solteira, em São Paulo, integram o Complexo Hidrelétrico de Urubupungá, fornecedor de energia para as regiões Centro-Oeste e Sudeste.

A Bacia do rio Paraná, uma das mais importantes da região, tem grande aproveitamento não apenas para a produção de energia elétrica, mas também para navegação. O rio Paraná e alguns de seus afluentes são utilizados como vias de transporte que atendem às regiões Sudeste e Sul.

Referência:
Fundação CECIERJ.

Regionalização do continente americano baseada na posição das terras

Usando como critério a posição ocupada pelas terras do continente americano, podemos dividi-lo em três partes: América do Norte, América Central e América do Sul, como vemos a seguir.


A América do Norte corresponde à porção do continente situado no Hemisfério Norte. Incluem-se aí o Canadá, os Estados Unidos da América e o México.

A América Central é a menor porção da América. Corresponde a um território alongado que liga a América do Norte à América do Sul. 

A América Central possui duas porções: uma porção continental, formada por uma faixa estreita de terra, situada entre os Oceanos Atlântico e Pacífico, denominada istmo. A outra porção é formada por vários países situados em ilhas. Essa porção insular é também conhecida, de uma forma geral, como Antilhas ou Caribe, dividindo-se em: Grandes Antilhas, Pequenas Antilhas e Bahamas. Compreendem as Grandes Antilhas os arquipélagos (conjuntos de ilhas) e ilhas de maior dimensão, como Cuba, Ilha Hispaniola (onde se localizam o Haiti e República Dominicana), Porto Rico e Jamaica. As menores ilhas, como Anguilla, Antígua e Barbuda e Guadalupe são algumas das muitas ilhas que compõem as Pequenas Antilhas. Ao norte de Cuba, localiza-se o arquipélago que forma os Bahamas, com mais de 700 ilhas. Cabe destacar que muitas dessas ilhas e arquipélagos não são países independentes, mas sim territórios pertencentes a países como Reino Unido, França e Estados Unidos.
A América do Sul corresponde à porção do continente cujas terras encontram-se predominantemente no Hemisfério Sul, embora uma pequena parte de seu território esteja também no Hemisfério Norte. Os países que a compõem são: Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Equador, Peru, Chile, Bolívia, Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil. Além da Guiana Francesa, que é uma colônia de dominação francesa.

Referência:
Fundação CECIERJ.

Regionalização do mundo em países do Primeiro, Segundo e Terceiro Mundo

Terminada a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), veio à tona a intensa disparidade econômica, científica, tecnológica, social e política existente entre os países. Existiam as superpotências mundiais: Estados Unidos, liderando o bloco capitalista, e União Soviética (URSS), liderando os países socialistas. Havia também países que defendiam o não alinhamento a nenhuma das suas superpotências. Desse modo, o mundo ficou dividido entre países do Primeiro Mundo (representavam os países capitalistas desenvolvidos); países do Segundo Mundo (eram os países socialistas) e os países do Terceiro Mundo (que reunia os países subdesenvolvidos).
Países do Primeiro, Segundo e Terceiro Mundos.

No entanto, com o fim da URSS, o termo Segundo Mundo caiu em desuso e os países que pertenciam a esta categoria foram redistribuídos (por exemplo, a Rússia, que fazia parte do Segundo Mundo e hoje integra o grupo de países desenvolvidos).

O grupo dos países desenvolvidos é menor. Os países são muito ricos. Isso não quer dizer que todas as pessoas são ricas. Estes países possuem uma economia mais estável, e a qualidade de vida e o nível de distribuição de renda apresentam índices elevados; no entanto, também existem desigualdades sociais.

Já os países subdesenvolvidos caracterizam-se, principalmente, por dependerem econômica e tecnologicamente dos países desenvolvidos. Outra característica é a grande maioria da população viver em condições precárias. Os altos índices de analfabetismo, a baixa escolaridade, a falta de saneamento básico, a baixa renda, a baixa esperança de vida ao nascer e o desemprego são características de uma população que passa fome, presentes nos países subdesenvolvidos. O Brasil é um país subdesenvolvido, um país de extremos, onde existem pessoas muito ricas e um número muito grande de pobres. O grupo de países subdesenvolvidos é numeroso e heterogêneo. Isso quer dizer que neste grupo estão países bem diferentes. No entanto, a pobreza está presente em todos.

O grupo dos países desenvolvidos é menor. Os países são muito ricos. Isso não quer dizer que todas as pessoas são ricas. Estes países possuem uma economia mais estável, e a qualidade de vida e o nível de distribuição de renda apresentam índices elevados; no entanto, também existem desigualdades sociais.

Já os países subdesenvolvidos caracterizam-se, principalmente, por dependerem econômica e tecnologicamente dos países desenvolvidos. Outra característica é a grande maioria da população viver em condições precárias. Os altos índices de analfabetismo, a baixa escolaridade, a falta de saneamento básico, a baixa renda, a baixa esperança de vida ao nascer e o desemprego são características de uma população que passa fome, presentes nos países subdesenvolvidos. O Brasil é um país subdesenvolvido, um país de extremos, onde existem pessoas muito ricas e um número muito grande de pobres. O grupo de países subdesenvolvidos é numeroso e heterogêneo. Isso quer dizer que neste grupo estão países bem diferentes. No entanto, a pobreza está presente em todos. 

Referência:
Fundação CECIERJ.

Biomas de Minas Gerais

As diferentes formas de relevo em Minas Gerais, somadas às especificidades de solo e clima, propiciaram paisagens muito variadas, recobertas por vegetações características, adaptadas a cada um dos inúmeros ambientes particulares inseridos no domínio de três biomas brasileiros: o Cerrado, a Mata Atlântica e a Caatinga.

O Cerrado, maior bioma do Estado, aparece especialmente nas bacias dos rios São Francisco e Jequitinhonha. Nesse bioma, as estações seca e chuvosa são bem definidas. A vegetação é composta por gramíneas, arbustos e árvores.

A Mata Atlântica é o segundo maior bioma em Minas. A vegetação é densa e permanentemente verde, e é grande o índice pluviométrico nessas regiões. As árvores têm folhas grandes e lisas. Encontram-se nesse ecossistema muitas bromélias, cipós, samambaias, orquídeas e líquens.

Caatinga mineira.

A Caatinga está localizada no Norte do Estado. É um bioma único no mundo, ou seja, grande parte das espécies de animais e plantas dessa região não é encontrada em nenhum outro lugar do planeta. Este patrimônio biológico ainda é pouco estudado e corre grande risco de não ser identificado, devido ao avanço do desmatamento descontrolado.

Referência:
Instituto Estadual de Florestas (IEF-MG).

Localização Geográfica do Distrito Federal

O Distrito Federal (DF) está localizado entre os paralelos 15°30’ e 16°03’ de latitude sul e os meridianos 47°18’ e 48°17’ de longitude oeste, na Região Centro-Oeste do Brasil. 

O DF apresenta uma extensão de 5.779 km², correspondendo a aproximadamente 0,06% do território nacional. 

O DF tem como limites naturais o Rio Preto, a leste, e o Rio Descoberto, a oeste. Ao norte e ao sul, é limitado por linhas retas que definem o quadrilátero correspondente à sua área. 

Compartilha divisas com os seguintes municípios: Planaltina, Formosa, Cristalina, Cidade Ocidental, Valparaíso de Goiás, Novo Gama, Santo Antônio do Descoberto, Águas Lindas de Goiás e Padre Bernardo, pertencentes ao estado de Goiás, e Cabeceira Grande, município do estado de Minas Gerais.


O DF é a menor unidade da Federação, criada para abrigar a capital do País, e a única que não possui municípios. É um ente da estrutura político-administrativa do Brasil, sendo caracterizado como um ente especial, que acumula competências legislativas reservadas aos estados e municípios. Sua localização, no centro da Nação, foi um importante fator de integração do território nacional.

Referência
Governo do Distrito Federal.

sábado, 20 de abril de 2024

Vegetação de Goiás

Salvo pequena área onde dominam formações florestais, conhecidas como Mato Grosso Goiano, a maior parte do território do estado de Goiás apresenta o tipo de vegetação escassa do Cerrado, com árvores e arbustos de galhos tortuosos, cascas grossas, folhas cobertas por pelos e raízes muito profundas. O Cerrado cobria em torno de 70% do território goiano.

O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro e da América do Sul, depois da Amazônia e concentra nada menos que 1/3 da biodiversidade nacional e 5% da flora e da fauna mundiais. A flora do Cerrado é considerada a mais rica savana do mundo e estima-se que entre 4.000 a 7.000 espécies compõem esta região.
Cerrado.

Os solos do Cerrado do Centro-Oeste foram considerados, até o final dos anos 60, impróprios para a agricultura. De fato, é mínima a quantidade de solos com boa fertilidade natural. A pesquisa científica, entretanto, tornou os Latossolos – que no Centro-Oeste ocupam 90 milhões de hectares (15 milhões em Goiás) – a área mais propícia para as culturas de grãos: solos profundos, bem drenados, com inclinações normalmente inferiores a 3%. São áreas privilegiadas para expansão da agricultura especializada em grãos, pela facilidade que oferecem à mecanização.

A projeção de Goiás no cenário agropecuário do Brasil deve-se particularmente ao domínio tecnológico do ecossistema dos Cerrados. Com a adequada correção dos solos e a consequente inserção dos campos de Cerrado no processo produtivo, a agricultura no estado deu um salto rumo ao desenvolvimento – quer pelo plantio de culturas anuais quer pelo plantio de pastagens.

Referência:
Instituto Mauro Borges - IMB - Governo de Goiás.

Relevo de Goiás

O estado de Goiás é privilegiado quanto ao relevo. O relevo apresenta em geral baixa declividade, não impedindo a ocupação e muito menos prejudicando ou influindo significativamente nas mudanças climáticas. 

Cerca de 65% da superfície de Goiás são formados por terras relativamente planas (chapadões), que configuram 4 Superfícies Regionais de Aplainamento: I entre 1.100 e 1.600m de altitude, II entre 900 e 1.000m, III entre 650 e 1.000m e IV entre 250 e 550. Encontram-se separadas uma das outras por áreas de colinas suaves ou por escarpas de maior declividade (Zonas de Erosão Recuante); as superfícies mais altas são as mais antigas. 

Às margens dos grandes rios, Araguaia e Tocantins, predominam ligeiras ondulações que se aplainam em grandes áreas de Cerrado bastante favoráveis à agricultura e à pecuária. A altitude variável acima de 182m, a partir das ribanceiras dos grandes cursos d’água, especialmente o Araguaia, permite aproveitamento quase integral do solo. 

Ao se afastar dos leitos, as elevações sobem até 1.600m, nas regiões mais elevadas, chegando a atingir até 1.676m no ponto mais alto do estado, na Serra do Pouso Alto, na Chapada dos Veadeiros, não havendo, portanto cadeias de montanhas impenetráveis. As dificuldades de ocupação e exploração econômica também inexistem e não chegam a interferir de maneira sensível na distribuição das chuvas ou nas variações climáticas no restante do estado.

Referência:
Instituto Mauro Borges / Segplan-GO.

Hidrografia do Amazonas

No que diz respeito à hidrografia, o estado do Amazonas (Brasil), é banhado pela bacia hidrográfica Amazônica, a maior do mundo, com quase 4 milhões de quilômetros quadrados em extensão. Sendo assim, o rio Amazonas, que dá nome ao estado, é o principal de seus rios, com 7.025 quilômetros de extensão desde sua Nascente, na Cordilheira dos Andes, no Peru, até a sua foz no Oceano Atlântico.

A confluência entre o rio Negro, de água preta, e o rio Solimões, de água barrenta, resulta em um fenômeno popularmente conhecido como Encontro das Águas, esse fenômeno acontece nas proximidades do município de Manaus e Careiro, sendo uma das principais atrações turísticas do estado.
Encontro das Águas.

O rio Negro é o principal afluente do rio Amazonas. Nasce na Colômbia, banha três países da América do Sul e percorre cerca de 1.700 quilômetros. Entra em território brasileiro através do Norte do Amazonas e forma um estuário de cerca de seis quilômetros de largura no encontro com o rio Solimões, sendo chamado de rio Amazonas a partir daí. Apresenta um elevado grau de acidez, com pH 3,8 a 4,9 devido à grande quantidade de ácidos orgânicos provenientes da decomposição da vegetação. Por conta disso, a água mostra-se numa coloração escura.

Além dos rios Amazonas, Negro e Solimões, outros principais rios são: Madeira, Purus, Juruá, Uatumã, Içá, Japurá e Uaupés, ademais, todos estes são integrantes da Bacia Amazônica.
  • O rio Madeira, assim como os demais, é pertencente à Bacia do rio Amazonas e banha os estados de Amazonas e Rondônia. Possui extensão de 1 450 km e é a principal linha divisória entre Brasil e Bolívia.
  • O rio Purus possui 1 175 km e nasce no Peru, e está situado no sul do estado.
  • O rio Juruá, situado na região sudoeste do estado, possui 3.350 km de extensão e banha, além do Amazonas, os estados de Acre e Roraima. Entretanto, a região do Alto Juruá, na divisa entre Amazonas e Roraima, não apresenta condições de navegabilidade.
  • O rio Uatumã é navegável em apenas 295 quilômetros. Nasce na divisa do estado com Roraima, no planalto das Guianas, é conhecido por não possuir nenhum núcleo populacional ao longo de seu leito e por abrigar a Usina Hidrelétrica de Balbina.
  • O rio Japurá possui inúmeras ilhas em seu leito. Nasce na Colômbia e possui 730 km em território brasileiro.
Outros rios notáveis no estado são o Uaupés, Coari, Içá, Javari, Tefé e Jutaí.

Aspectos físicos de Goiás: vegetação, hidrografia, clima e relevo

VEGETAÇÃO
A maior parte da vegetação de Goiás é formada pelo bioma Cerrado. Este bioma foi intensamente devastado, cobria cerca de 70% do território do estado. As suas principais características são os galhos tortuosos, cascas grossas e raízes profundas. As áreas de formação florestal, cerca de 30%, eram popularmente conhecidas como mato grosso goiano. 

Até a década de 1960 os solos de Cerrado eram considerados impróprios para o desenvolvimento agrícola. Contudo, principalmente a partir de 1970, com o domínio tecnológico e o desenvolvimento de técnicas de correção do solo, expandiu-se a agricultura mecanizada nestas áreas.

HIDROGRAFIA
No território goiano nascem drenagens que alimentam três importantes regiões hidrográficas: Araguaia/Tocantins, São Francisco e Paraná. Os rios são de grande e médio porte, porém o transporte hidroviário é prejudicado pelas grandes quedas, cachoeiras e corredeiras. Contudo, o porto São Simão, localizado no rio Paranaíba, escoa grande parte dos grãos produzidos pelo estado. Os lagos naturais ou formados por barramento (geração de energia elétrica ou abastecimento) também são bastante importantes para a composição da rede hidrográfica de Goiás.


CLIMA
O estado de Goiás está localizado em área de Clima Tropical Úmido-Seco. Caracteriza-se por possuir duas estações climáticas bem definidas: uma com altos índices pluviométricos (outubro a abril), onde ocorrem 95% das precipitações anuais e a temperatura é mais alta. E outra, mais fria, com baixos índices pluviométricos (maio a setembro). A média pluviométrica anual é de 1.532mm (IMB, 2017).

RELEVO
Classificação do relevo de Goiás segundo o Instituto Mauro Borges (2016): 
Cerca de 65% da superfície de Goiás são formados por terras relativamente planas (chapadões), que configuram 4 Superfícies Regionais de Aplainamento: I entre 1.100 e 1.600m de altitude, II entre 900 e 1.000m, III entre 650 e 1.000m e IV entre 250 e 550. Encontram-se separadas uma das outras por áreas de colinas suaves ou por escarpas de maior declividade (Zonas de Erosão Recuante); as superfícies mais altas são as mais antigas. 

Às margens dos grandes rios, Araguaia e Tocantins, predominam ligeiras ondulações que se aplainam em grandes áreas de Cerrado bastante favoráveis à agricultura e à pecuária. A altitude variável acima de 182m, a partir das ribanceiras dos grandes cursos d’água, especialmente o Araguaia, permite aproveitamento quase integral do solo.

Relevo de Rondônia

O território de Rondônia possui um relevo predominantemente plano, típico de áreas de planície, nesse sentido, constituído por planícies fluviais e planaltos de baixas altitude. Nessas áreas, as superfícies variam entre 100 a 300 metros de altitude. 

As áreas mais elevadas estão concentradas na porção sudeste do estado, na região da chapada do Parecis, assim como na porção noroeste, devido à serra dos Pacáas Novos. Nessas formações é possível encontrar elevações que alcançam 1.126 metros de altitude.

• Planície Amazônica: Apresenta uma superfície aplainada, com solos areno-argilosos, além de rios e áreas de várzea e de barranco. 
• Chapada dos Parecis-Pacaás Novos: Possui pontos culminantes com mais de 1.000 metros, como o Pico do Tracuá ou Pico Jaru. 
• Encosta Setentrional do Planalto Brasileiro: Apresenta patamares de altitudes entre 100 e 500 metros acima do nível do mar, com colinas de topos aplainados e com inselbergs (montanhas monolíticas ou grupos delas) 
• Vale do Guaporé-Mamoré. Apresenta áreas mais baixas, que sofrem inundações na época das enchentes, formando lagos temporários, de difícil escoamento. 

Veja o mapa do relevo de Rondônia:

sexta-feira, 19 de abril de 2024

A relação entre a latitude e o clima

A latitude é o fator climático que influencia a distribuição diferenciada da energia solar sobre a superfície terrestre. Devido à esfericidade da Terra, o ângulo e a duração da incidência da energia do Sol determinam a temperatura da superfície, de modo que as latitudes mais altas recebem radiação menos intensa do que as baixas latitudes.

Incidência dos raios solares em baixas e altas latitudes.
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Nas baixas latitudes, os raios solares incidem mais perpendicularmente sobre a superfície, as temperaturas médias são mais elevadas e as amplitudes térmicas anuais são mais baixas. Essa região faz parte da Zona Tropical.

Nas médias latitudes, Zonas Temperadas, os raios solares atingem a superfície em ângulo oblíquo (mais inclinado). As temperaturas médias são mais baixas e as amplitudes térmicas anuais maiores.

Nas altas latitudes, Zonas Polares, as temperaturas médias são as mais baixas do planeta. Nessa zona climática os raios solares são quase tangentes nos polos. Assim, a energia que chega é distribuída por uma superfície mais extensa e a intensidade de energia do Sol é menor.

Fonte: Lucci, Elian Alabi & Branco, Anselmo Lazaro & Mendonça, Cláudio. Território e Sociedade no Mundo Globalizado. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018.

Salinização do solo

A salinização do solo ocorre com a concentração de sais solúveis (cloreto de sódio, sulfatos de cálcio, bicarbonatos e magnésio) no solo. Esses sais são atraídos junto com a água existente abaixo da porção superficial do solo, oriunda dos lençóis freáticos pelo processo de capilaridade. Costuma ocorrer em áreas de baixa precipitação e elevadas temperaturas, como em regiões de climas Árido ou Semiárido, pois, com a evaporação e a transpiração dos vegetais, o solo perde água e nele ficam os resíduos de sais acumulados.


Nas regiões de climas Árido e Semiárido, a atividade agrícola depende, em boa parte, da irrigação. Nesse caso, a água captada traz consigo diversos sais solúveis, aumentando a quantidade de sal no solo. Por isso, em áreas de irrigação é necessária uma boa drenagem para carregar os sais e evitar a sua acumulação na camada do solo onde estão fixadas as raízes, pois isso dificulta a absorção da água pelos vegetais. 

A salinização afeta a produtividade agrícola e pode impedir a germinação de certas espécies vegetais. Em razão disso, são necessárias técnicas de irrigação mais eficientes, que levem quantidades de água adequadas aos cultivos sem ampliar o volume de sais concentrados.

Fonte: 
Lucci, Elian Alabi & Branco, Anselmo Lazaro & Mendonça, Cláudio. Território e Sociedade no Mundo Globalizado. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018.

Relevo do continente asiático

O continente asiático apresenta diferentes formas de relevo, com destaque para os extensos e elevados planaltos e as grandes planícies. Um desses planaltos, o Planalto do Pamir — denominado o “telhado do mundo” —, localiza-se a mais de 4.000 metros de altitude.

Destaca-se, também, com terras de altitudes elevadas, o Planalto do Tibete. Cerca de três quartos da sua superfície situam-se em altitudes acima de 3.500 metros. Nesse planalto surgem grandes cadeias montanhosas, e seu clima se caracteriza pela baixa pluviosidade e por médias térmicas também baixas.
Entre as planícies, destacam-se a Planície da Sibéria, na porção noroeste do continente, a Planície Indo-Gangética, no baixo curso dos rios Indo e Ganges, ao sul do Planalto do Tibete, e as planícies aluviais dos rios Hoang-Ho (Rio Amarelo) e Yang Tsé-Kiang (Rio Azul), na porção sudeste.

Grandes cadeias montanhosas também atravessam a Ásia. É o caso da Cordilheira do Himalaia, que, com 2.400 quilômetros de comprimento e 400 quilômetros de largura, separa as porções norte e sul do continente, constituindo uma barreira natural para o avanço das massas de ar frio que vêm do norte e para as massas de ar quente provenientes do sul. No Himalaia localiza-se o Pico Everest (8.848 metros) — o de maior elevação do planeta —, além de mais de 70 picos com altitudes superiores a 7.000 metros.

Grandes depressões absolutas também marcam o relevo asiático, com destaque para a do Mar de Aral, a do Mar Cáspio e a do Mar Morto, considerada a mais profunda das terras emersas, com 395 metros abaixo do nível do mar.

Fonte: 
Expedições Geograficas.

Fauna de Rondônia

A Fauna do espaço geográfico limitado pelo Estado de Rondônia, é do modo geral a comum a brasileira, com característica de adequações aos respetivos ecossistemas.

As florestas são os habitat dos mamíferos como: os símios, destacando-se a guariba (aloutta), o macaco prego (cebus), o macaco de cheiro (chiropotes), o macaco preto (ateles), as onças (pantheras jaguarius), onça vermelhas (suçuarana), onça pretas (pantera) e onça pintada (jaguar), os gatos-selvagens (jaguatirica). Entre os carnívoros, encontram-se a ariranha, irara lontra (mustelídeo), quati (procinideonasua), cachorro-do-mato (canídeo-Dusicyon thous), guará (canídeo-Chrysocyon brachrurus) este último habita o cerrado do sul do Estado. Os roedores, entre estes destacam-se a paca, a cotia (cavídeos), a capivara, o ouriço-cacheiro, o preá, o quatipuru (procionídeos) e o rato (murídeo). Os onívoros, destacam-se os gambás (mursupiasis-dedelphis). Os desdentados, preguiça (bradipodideo), tamanduás e tatu de vários tamanhos (xenartros). Os paquidermes, anta (umgulado tapirídeo), queixada e caitiu (taiassuídeos). Os queiropteros, representados por variados morcegos.

São habitantes das florestas os répteis, jabutis (quelônios), lagartos e lagartixas (lacertífilos); os ofídios, as cobras em grande variedades de venenosas a não venenosas, destacando-se por seu tamanho a surucuru, a salamanta e jibóia. 

Tucano.

As aves, destacando-se entre estas o mutum (crax), jacamim (psdofúdeos), inambu (rinamídeo), jaçanã (parrídeo), jacu (cranídeo-penchope), marreco (ananicos), tucano (ramfastídeo), pica-pau (picídeos), gavião (rapina), urubu, urubu-rei (abutre-catarídeos), coruja (atusholiba), sabiá (turdideo), rouxinou (leterídeo), curó (fringilideo), bem-te-vi (tiranídeo) e tantas outras aves.

Os rios e igarapés, lagos e lagoas, são os habitat em suas margens, das lontras, das ariranhas, das garças, dos socos (ardeideos), dos jaçanãs (parrídeos), dos patos, dos marrecos, das cobras, dos jacarés e em suas águas os peixes, destacando-se a jatuarana, o tambaqui, a pirapitinga, o pacu, o aracu 9caracídeos), a piraíba, o jaú, o mandi, o dourado, o surubim (silurídeos), a sardinha, o apapá (cluplédeos), a arauná (osteoglossídeos), a curimbatá (procilopus), o tucunaré, o cará (ciclídeos), o acarí  (boricurídeos), os cetáceos, peixe-boi, o boto (delfinídeos) e o pirarucu (osteglossídeos). As cobras aquáticas, destacando-se a sucuri (boídeos). E os quelônios tartarugas e tracajá (pleomedussídeos).

Fonte: Rondônia na Web.

Biodiversidade na Colômbia

A Colômbia é um dos países megadiversos em biodiversidade, ocupando o terceiro lugar em espécies vivas e o segundo em espécies de aves. É por isso que a biodiversidade na Colômbia é única.

Na verdade, o Centro de Monitoramento da Conservação Mundial (em inglês: World Conservation Monitoring Centre, WCMC) incluiu a Colômbia na lista dos 17 países megadiversos. A Região Andina é a mais megadiversa da Colômbia, seguida pela Amazônia .

E a biodiversidade na Colômbia é muito extensa, tem 311 tipos de ecossistemas costeiros e continentais, 59 áreas protegidas designadas a nível nacional. A Colômbia é o país do mundo com os maiores territórios de páramos. Na verdade, mais de 60% do ecossistema andino colombiano é classificado como páramo.

A ave nacional é o Condor Andino (que pode ser visto no escudo do país); a orquídea Cattleya trianae é a flor nacional da Colômbia e a palmeira de cera Quindío é a árvore nacional.

Suas três cadeias de montanhas e serras abrigam mais de 456 espécies de mamíferos. Mais de 3.000 espécies de peixes de água doce vivem em suas águas; o que o torna o segundo país do mundo com mais espécies de peixes.

Fauna da Colômbia
A fauna da Colômbia é um dos aspectos que faz da Colômbia um país megadiverso, possui 1.885 espécies de aves registradas, ocupando o primeiro lugar no mundo com maior número de espécies; que representa 60% de todas as espécies da América do Sul e 1% das espécies do mundo.

A Colômbia é o 4º país com maior número de mamíferos, com pelo menos 456 espécies nativas registradas, das quais 42 são endêmicas. Ao mesmo tempo, é o 5º país com maior número de primatas com 31 espécies classificadas.

Os mamíferos mais representativos da Colômbia são a anta anta da montanha, o urso-de-óculos, o urso-preguiça, o tamanduá, o veado-de-cauda-branca, o gato-maracajá, entre outros.

Flora da Colômbia
A flora da Colômbia é tão variada que se estima que das 300 mil espécies de plantas existentes no mundo, mais de 40 mil delas estão na Colômbia; um pouco mais de 13%.

Da mesma forma, a Colômbia possui 1.500 espécies de plantas endêmicas, é o primeiro país do mundo com maior variedade de orquídeas; e o terceiro com maior variedade de palmeiras.

A espécie da flora mais representativa da Colômbia é a orquídea, é a flor nacional; e é o que permite à Colômbia ser o primeiro país do mundo com a maior variedade de orquídeas, com pelo menos 4.010 espécies.

As espécies mais representativas na Colômbia são frailejones, magnólias, palmeiras, bromélias, cactos, pinheiros, samambaias e manguezais.

quinta-feira, 18 de abril de 2024

Religião e mitologia na Grécia antiga

A religião foi um dos principais elementos de vínculo cultural entre os gregos. Entre suas características, podemos citar o politeísmo, isto é, o culto a vários deuses e o antropomorfismo (do grego antropo = homem; morfismo = referente à forma), pois os deuses gregos eram representados com forma e comportamento semelhantes aos dos seres humanos.

Além dos deuses, os gregos também reverenciavam os heróis, que eram semideuses, isto é, filhos de um deus imortal com uma pessoa mortal.
A religião grega não tinha normas (dogmas) estabelecidas em um único livro sagrado. Seus princípios foram transmitidos pela tradição oral.

Havia cultos públicos às divindades, geralmente conduzidos por sacerdotes, nos quais orações e sacrifícios de animais eram elementos importantes para se obter benefícios e proteção dos deuses. As famílias gregas também prestavam culto privado aos espíritos dos antepassados. 

Os gregos acreditavam que os deuses comunicavam-se com os seres humanos de diversas maneiras, por exemplo, o óraculo, resposta dada por um deus sobre determinada consulta por meio de sacerdotes capazes de transmitir a mensagem.

Fonte: 
História Global. Gilberto Cotrim.

Sítio arqueológico Cais do Valongo

Reconhecido como Patrimônio Mundial em 2017, o sítio arqueológico Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, é um testemunho da trágica história da escravização e do tráfico de pessoas da África, sobretudo para o Brasil.

Estima-se que no Cais do Valongo tenham desembarcado cerca de 1 milhão de africanos escravizados, que foram trazidos de forma forçada ao Brasil para trabalhar. Esse foi o maior porto de chegada de escravizados da América.

O Cais do Valongo foi construído em 1811 e reformado em 1843 para receber a imperatriz Teresa Cristina, esposa de Dom Pedro II. O local foi então rebatizado como “Cais da Imperatriz”, motivo pelo qual existe um monumento registrando sua chegada. Em 1911, o cais foi aterrado, ficando o local distante do mar. Escavações e pesquisas arqueológicas feitas em 2011 revelaram o calçamento original do Cais do Valongo. Hoje, ele se tornou um monumento aberto à visitação.

Após o desembarque no Brasil, os escravizados eram expostos aos compradores em mercados.
Mercado de escravos do Valongo, litogravura de Jean-Baptiste Debret, século 19.

O valor histórico, arqueológico e cultural do sítio arqueológico Cais do Valongo está no testemunho de um triste período de nossa história. Ele deve servir como reflexão sobre a liberdade humana, o respeito à diversidade e os desafios que ainda temos que enfrentar para nos tornarmos uma sociedade realmente justa para todos.

Apesar da dor que representa, o sítio arqueológico Cais do Valongo também é um monumento de afirmação da resistência dos afrodescendentes e de sua fundamental contribuição para nossa identidade cultural.

Fonte: 
Pitanguá Mais – História - 5º Ano.

A escrita cuneiforme

A escrita surgiu por volta de 6 mil anos atrás, em uma região chamada Mesopotâmia (onde atualmente fica o Iraque). Os sumérios, povo que vivia nessa região, foram provavelmente os primeiros a usar um código escrito. Tudo começou provavelmente com a necessidade de registrar quantidades de produtos agrícolas, o número de animais que alguém possuía e as trocas feitas entre as pessoas. Foram esses registros das contagens que deram origem à escrita.



Os primeiros exemplos da escrita dos sumérios eram desenhos simplificados, que representavam animais, pessoas, objetos e elementos da natureza. Depois, esses desenhos ficaram mais elaborados, até se tornarem símbolos que representavam o som das sílabas de uma palavra. Com isso, a escrita conseguiu expressar melhor aquilo que as pessoas eram capazes de pensar e dizer.

A escrita dos sumérios foi chamada de cuneiforme, pois o instrumento usado para escrever os sinais tinha um formato de cunha ou triângulo. Como há 6 mil anos não existiam papel e lápis, eles escreviam na argila ou na pedra usando esse tipo instrumento pontiagudo.

Fonte: 
Pitanguá Mais – História - 5º Ano.