UFG 2014/1 - Leia o texto a seguir.
Fugiu da loja de tecidos da Rua do Queimado, n. 13, Recife, escravo Caetano, idade de 12 anos, pouco mais ou menos, nação Angola, levou vestido calça e camisa de algodão, tem uma cruz no braço esquerdo, marca de fogo, e no meio da cabeça tem falta de cabelo de carregar peso.
DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 23 jan. 1830. In: FREYRE, Gilberto. O escravo nos anúncios de jornais brasileiros do século XIX. São Paulo: Global, 2010, p. 110-111. (Adaptado).
Publicado em 1830, o anúncio do jornal registra o cotidiano da sociedade escravocrata brasileira, cuja característica expressa-se
a) pela valorização do trabalho manual, destacando as marcas corporais na cabeça como expressão da aptidão do escravo ao trabalho.
b) pela denúncia das mazelas do cotidiano dos escravos, demonstrando a intolerância da imprensa com o tratamento destinado aos cativos.
c) pela demanda de escravos para o trabalho urbano, ampliando as possibilidades de fugas como estratégia de resistência ao cativeiro.
d) pela compra de escravos da mesma origem para facilitar a convivência nas senzalas, predominando a importação de escravos oriundos de Angola.
e) pela adesão dos escravos ao catolicismo, tendo expressa a devoção do cativo na marca da cruz que carrega no corpo.
RESPOSTA:
Letra C.
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