FMABC 2022 - A marchinha, composta pelo radialista Miguel Gustavo Werneck de Souza Martins, tornou-se um símbolo da vitória da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1970.
Noventa milhões em ação/ Pra frente Brasil, no meu coração/ Todos juntos, vamos pra frente Brasil/ Salve a seleção!/ De repente é aquela corrente pra frente,/ parece que todo o Brasil deu a mão/ Todos ligados na mesma emoção, tudo é um só coração!/ Todos juntos vamos pra frente Brasil, Brasil!/ Salve a Seleção!
(Lívia Gonçalves Magalhães. “Disputas e conflitos de memória na vitória da copa de 1970”. In: Janaína Martins Cordeiro et al (orgs.). À sombra das ditaduras: Brasil e América Latina, 2014.)
No contexto da ditadura civil-militar, essa marchinha
A) auxiliou na publicidade do Programa de Ação Econômica do Governo, que foi implementado pelos militares do grupo castelista para controlar a inflação.
B) foi utilizada como um hino, que marcava a evolução do regime com um processo de distensão política e de adoção de medidas liberalizantes.
C) constituiu-se em um ícone da resistência política dos estudantes, que clamavam pela união dos brasileiros contra as medidas repressivas do regime.
D) fez parte de uma ampla campanha, que unia diferentes setores da sociedade brasileira em prol da anistia política e da revogação do AI-5.
E) serviu como uma propaganda do regime, que buscava apoio popular no auge da repressão política e do controle sobre os meios de comunicação.
RESPOSTA:
Letra E.
O governo do general Médici (1969-74) fez uso político
da vitória da seleção canarinho na Copa do México
em 1970, embalada pela marchinha que apelava pela
união da torcida brasileira. O marketing estatal
associava a conquista do mundial como um triunfo da
própria ditadura. Dessa forma, os militares angariaram apoio para manter a coesão do País e assim
legitimar a duríssima repressão que realizava contra
os opositores do regime.
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