Elabore uma síntese sobre os conflitos entre árabes e judeus e a Questão Palestina.
RESPOSTA:
Os conflitos entre árabes e judeus têm suas origens no
século XIX, quando imigrantes judeus europeus começaram a chegar à Palestina (então território britânico),
mas se intensificou fortemente a partir de 1947, quando a ONU partilhou esse território em dois Estados.
Em 1949, após a primeira guerra entre o recém-criado
Estado de Israel e os países árabes vizinhos, o Estado
Palestino desapareceu, o que deu origem à questão
palestina, até hoje não resolvida. Parte de seu território foi incorporada por Israel, que aumentou de tamanho, e parte passou à administração da Jordânia
(Cisjordânia) e do Egito (Gaza). Em 1967, eclodiu um
novo conflito armado entre Israel e os Estados árabes
– a Guerra dos Seis Dias. Israel saiu novamente vencedor e triplicou seu território: incorporou Gaza, Cisjordânia, as colinas de Golã (que pertenciam à Síria) e a
parte leste de Jerusalém. Uma nova guerra ocorreu em
1973 sem mudanças territoriais significativas. Em
1964, foi criada a Organização de Libertação da Palestina
(OLP), grupo guerrilheiro que lutava contra a ocupação
israelense e pela criação do Estado Palestino. Depois de
muitos conflitos entre judeus e árabes, em 1993 começou um processo de negociação, muitas vezes interrompido de parte a parte, que levou até agora
(2015) à entrega de Gaza e de partes da Cisjordânia à
Autoridade Nacional Palestina (ANP). Em 2012, a ONU
elevou a ANP à condição de Estado observador não
membro, mas um acordo final para a criação do Estado Palestino ainda não foi atingido. Até 2015, Israel se
recusava a aceitar que a capital desse futuro Estado
fosse em Jerusalém oriental e que houvesse o retorno
dos refugiados que viviam em países vizinhos; ao mesmo tempo, continuava com uma política de expansão
das colônias judaicas na Cisjordânia e construindo uma
polêmica cerca, parte dela em território palestino, para
se isolar dos vizinhos. Do lado palestino, grupos radicais, como o Hamas, recusavam-se a aceitar Israel e mantinham seus ataques terroristas, o que vinha motivando violentas retaliações de Israel, como a que
ocorreu na operação “Limite Protetor”, em meados de
2014, matando 1 767 palestinos (segundo dados preliminares da ONG B’Tselem).
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