FUVEST 2016 - O processo de expansão das características multilaterais do sistema ocidental nas diversas áreas do mundo conheceu crescente impasse a partir do início do novo século. A sustentabilidade de um sistema substancialmente unipolar mostrou-se cada vez mais crítica, precisamente em face das transformações estruturais, ligadas, antes de mais nada, ao crescimento econômico da Ásia, que pareciam complementar e sustentar a ordem mundial do pós-Guerra Fria. A ameaça do fundamentalismo islâmico e do terrorismo internacional dividiu o Ocidente. O papel de pilar dos Estados Unidos oscilou entre um unilateralismo imperial, tendendo a renegar as próprias características da hegemonia, e um novo multilateralismo, ainda a ser pensado e definido.
Silvio Pons. A revolução global: história do comunismo internacional (1917-1991). Rio de Janeiro’ Contraponto, 2014.
O texto propõe uma interpretação do cenário internacional no princípio do século XXI e afirma a necessidade de se
a) valorizar a liderança norte-americana sobre o Ocidente, pois apenas os Estados Unidos dispõem de recursos financeiros e militares para assegurar a nova ordem mundial.
b) reconhecer a falência do modelo comunista, hegemônico durante a Guerra Fria, e aceitar a vitória do capitalismo e da lógica multilateral que se constituiu a partir do final do século XX.
c) combater o terrorismo islâmico, pois ele representa a principal ameaça à estabilidade e à harmonia econômica e política entre os Estados nacionais.
d) reavaliar o sentido da chamada globalização, pois a hegemonia política e financeira norte-americana tem enfrentado impasses e resistências.
e) identificar o crescimento vertiginoso da China e reconhecer o atual predomínio econômico e financeiro dos países do Oriente na nova ordem mundial.
RESPOSTA:
Letra D.
Tendo em vista o fim do chamado “socialismo real” e
a presumida implantação de uma hegemonia
unilateral dos Estados Unidos sobre um mundo
globalizado, o autor aponta para a necessidade de se
reestudar essa avaliação. Com efeito, os Estados
Unidos vêm enfrentando dificuldades na imposição de
sua supremacia, seja no plano político-militar
(problemas no Afeganistão, no Iraque e na Síria), seja
no econômico (crescimento da economia chinesa), seja
ainda no plano mais difuso do combate ao terrorismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário