FGV-SP 2012 - “Independente da justa reivindicação, legitimada por títulos e direitos inalienáveis com respeito à soberania argentina das ilhas Malvinas, hoje, depois de 30 anos do desembarque nas ilhas, há um fato impossível de negar: como a ditadura inventou uma operação bélica para lavar a cara do processo que a Argentina vivia desde 1976 e como os meios de comunicação da época, unânimes e submissos, por medo ou censura, contribuíram na construção deste relato. [...] ‘Hoje é um dia glorioso para a pátria’ ou ‘As Malvinas em mãos argentinas’, foram algumas das manchetes da imprensa daqueles dias de guerra, dias em que o ex-capitão de Fragata Alfredo Astiz – condenado à prisão perpétua por crimes de lesa humanidade - içava a bandeira argentina nas ilhas em dis - puta.”
Francisco Luque, http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm? materia_id=19897
Considerando os argumentos do texto e os seus conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa correta:
a) Os meios de comunicação cumpriram um papel fundamental na construção do relato da guerra das Malvinas, há 30 anos.
b) A reivindicação sobre as ilhas Malvinas teve início com a instauração da ditadura militar argentina. c) A vitória na guerra das Malvinas representou um momento decisivo na história política argentina recente.
d) Com a democratização, a Argentina tornou-se refratária ao ideário nacionalista que levou à guerra.
e) Durante o conflito, o discurso montado pela ditadura foi duramente criticado pela imprensa argentina.
RESPOSTA:
Letra A.
Ao final dos anos 1970, o governo militar golpista
argentino, em crise política e econômica, lança mão de
uma jogada populista para “unir” o povo em torno de
um ideal comum: a reivindicação do território das
Ilhas Malvinas. Essas ilhas, que eram controladas pelo
governo da Grã Bretanha desde o século XIX (que as
chama de Ilhas Falklands), foram invadidas pelo
exército argentino em 1982 tal ação recebeu o apoio
da imprensa argentina, que, censurada, não tinha
outra opção que não apoiar o governo militar. Uma
força expedicionária britânica derrotou os argentinos
em 15 dias de combate, o que acabou colaborando
para a futura queda do governo militar.
O assunto continua em discussão até hoje e é utilizado
pelo atual governo argentino como um ponto de honra
de seu governo nacionalista.
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