Questão 01 - PISM II / UFJF 2018 - Embora ocupe a sétima posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de 2010 no estado de Minas Gerais, Juiz de Fora desponta como um dos municípios brasileiros (e primeiro no estado) com maior desigualdade entre negros e brancos no que se refere à qualidade de vida.
Fonte: disponível em . Acesso em: 15/06/2017.
Tomando-se por referência apenas os indicadores sociais utilizados pelo PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – para medir o Índice de Desenvolvimento Humano, pode-se afirmar que a desigualdade entre negros e brancos na cidade de Juiz de Fora:
a) reflete diferenças na oportunidade de viver uma vida longa e saudável, no acesso ao conhecimento e em um padrão de vida que garanta as necessidades básicas.
b) revela distinções na oportunidade de viver uma vida longa e saudável, no exercício de autonomia política e cívica e no acesso ao direito à propriedade privada.
c) deriva de um processo de formação territorial baseado na exploração da força de trabalho escrava africana que culminou numa democracia étnico racial.
d) expressa dissimetrias no acesso ao conhecimento, na liberdade de expressão e em um padrão de vida que permita consumir de acordo com o status social.
e) não existe, pois prevalece no país uma democracia racial em que as oportunidades para uma vida com qualidade são aproveitadas segundo os méritos pessoais.
Questão 02 - PISM II / UFJF 2018 -“Em pleno final da segunda década do século XXI, ainda vivemos a discriminação contra mulheres, gays, bissexuais, travestis, transgêneros e transexuais. A violência marca os espaços, tornando tais grupos sociais vítimas de assassinatos. Não importa a escala espacial, o sofrimento diário faz parte da sua vivência: em casa, no trabalho, nos locais de lazer, nas ruas e em qualquer outro espaço público” Fonte: ANGELO, Miguel. Geografias malditas, malditas geografias?: a discussão de gênero e sexualidades no mundo, segundo diferentes pontos de vista. In: SILVA, Joseli Maria et al. Geografias feministas e das sexualidades: encontros e diferenças. Ponta Grossa: Todapalavra, 2016, p. 9. Vítimas LGBTT por estado em 2016
Fonte: Grupo Gay da Bahia (GGB) / Assassinatos de LGBT no Brasil (Relatório 2016). Disponível em: . Acesso em: 17/07/2017.
Em 2016 foram assassinadas 343 pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTT) no Brasil – um recorde levantado pelo GGB nos 37 anos em que compila anualmente o número de vítimas fatais. Isto significa que, aproximadamente a cada 25 horas, pelo menos uma pessoa com alguma dessas orientações sexuais é assassinada no país. Porém, apenas 10% dos casos registrados em 2016 levaram à abertura de um processo judicial.
Fonte: disponível em . Acesso em: 17/07/2017 (Adaptado).
Sobre os assassinatos da população LGBTT no Brasil, pode-se afirmar a partir das informações aqui apresentadas que:
a) ocorrem nas áreas mais urbanizadas e são tipificados por lei como crimes de homofobia e punidos com extremo rigor, a exemplo dos crimes de racismo.
b) ocorrem em ambientes domésticos e são crimes passionais decorrentes de conflitos entre casais homoafetivos ou por motivos alheios à homofobia.
c) ocorrem em todo o território nacional, porém são irrelevantes e falaciosos, pois o número de assassinatos da população heterossexual é mais elevado.
d) ocorrem em todo o território nacional e são consequentes de manifestações de discriminação e intolerância por parte de segmentos ultraconservadores.
ocorrem nas áreas mais periféricas e os números refletem traços de “heterofobia” por parte de grupos LGBTTs que tentam se afirmar politicamente.
Questão 03 - PISM II / UFJF 2018 - Em 2017, o IBGE propôs uma nova regionalização que incorporou as mudanças ocorridas no Brasil ao longo das últimas três décadas a partir de duas escalas: as Regiões Geográficas Intermediárias e as Regiões Geográficas Imediatas. Essa forma de regionalizar o espaço geográfico expressa os processos de transformação ocorridos recentemente e é operacionalizada a partir de elementos como rede urbana e fluxos de gestão, entre outros, capazes de distinguir espaços regionais em escalas adequadas. Disponível em: . Acesso em: 02/07/2017 (Adaptado).
Fonte: IBGE, Diretoria de Geociências, Coordenação de Geografia.
As regiões Intermediárias e as Regiões Imediatas atualizam e substituem duas respectivas formas oficiais de regionalização. São elas
a) regiões metropolitanas e centros regionais.
b) complexos regionais e centros sub-regionais.
c) mesorregiões e microrregiões geográficas.
d) municípios e unidades da Federação.
e) regiões geoeconômicas e macrorregiões.
Questão 04 - PISM II / UFJF 2018
Se o senhor não tá lembrado
Dá licença de contá
Que aqui onde agora está
Esse edifício arto
Era uma casa véia
Um palacete assobradado
Foi aqui seu moço
Que eu, Mato Grosso e o Joca
Construímos nossa maloca
Mas um dia, nós nem pode se alembrá
Veio os homis c'as ferramentas
O dono mandô derrubá
Peguemos todas nossas coisas
E fumos pro meio da rua
Apreciá a demolição
Que tristeza que nós sentia
Cada tauba que caía
Doía no coração
Fonte: www.letras.mus.br
Imagem disponível em: . Acesso em: 21/07/2017.
A “Saudosa maloca” cantada por Adoniran Barbosa era inspirada nas casas populares que se localizavam na Rua Aurora, no bairro Santa Efigênia, conhecido nos anos 1960 como Boca do Lixo, atual Cracolândia. Em 21 de maio de 2017, após desalojar usuários de crack e moradores da Cracolândia com um efetivo de 900 agentes policiais, efetuando prisões e internações compulsórias, a Prefeitura de São Paulo anunciou a desapropriação de imóveis na região. Dois dias depois, a administração municipal iniciou a demolição de alguns edifícios do bairro – um imóvel chegou a ser derrubado com pessoas dentro –, anunciando em tom celebratório o projeto de revitalização urbanística batizado de “Nova Luz”. Sobre o episódio acima, é CORRETO afirmar que:
a) o desalojamento de dependentes químicos, moradores de baixa renda e pequenos comerciantes da Cracolândia demonstra que a administração pública privilegia o saneamento e a revitalização da região para fins públicos.
b) a expulsão de moradores e usuários de crack com a internação compulsória de dependentes químicos da região da Cracolândia demonstra que o poder público compreende o problema como um caso de saúde pública.
c) a expulsão e prisão de usuários de crack e demais frequentadores da Cracolândia com ostensivo aparato policial e midiático é uma maneira efetiva de combater o tráfico de drogas e a violência urbana nesta área da cidade.
d) a Cracolândia se situa numa zona de obsolescência do centro da cidade, porém de elevada valorização, de modo que a expulsão de moradores e a demolição de edificações atendem aos interesses do capital imobiliário.
e) a Cracolândia se encontra numa zona de interesse social na cidade de São Paulo, de maneira que a demolição de edificações e consequente revitalização urbana objetivam atender à demanda por moradia popular.
Questão 05 - PISM II / UFJF 2018 - O saneamento ambiental ainda é uma questão-problema no Brasil. Sobre isso, o Professor Leo Heller e colaboradores afirmam que “ao se examinarem as condições de saneamento exibidas pelo Brasil no início do século XXI, para muitos fica a sensação de descompasso entre a intenção do país em ingressar no grupo de nações oficialmente classificadas como desenvolvidas e suas condições sanitárias, que exacerbam as iniquidades sociais e não permitem desconhecer que a expressão Belíndia ainda não deixa de se manter aplicável ao país”.
Fonte: HELLER, L.; REZENDE, S.C.; HELLER, P.G.B. Saneamento básico: os desafios da universalização do saneamento no Brasil. In: BARBOSA, Francisco. Ângulos da água: desafios da integração. Editora UFMG, 2008. p. 66.
Sobre o saneamento nas cidades brasileiras, assinale a alternativa CORRETA:
a) A desigualdade regional é evidente: as metrópoles da região Centro-Sul têm condições de saneamento similares aos países desenvolvidos, enquanto as pequenas cidades do Norte e Nordeste sofrem com a carência dos serviços.
b) Devido a não termos ainda uma economia desenvolvida, não há recursos públicos suficientes para garantir os investimentos necessários nos serviços de saneamento público, o que dificulta a resolução desse problema no país.
c) O abastecimento de água em condições de potabilidade é aquele que atinge menores índices de universalização no Brasil em comparação com os serviços de coleta e tratamento de esgoto.
b) Segundo a Política Nacional de Saneamento, o saneamento não deve ser visto como uma política pública, mas sim, como uma iniciativa individual, já que cada família deve ser responsável pela salubridade de seu domicílio.
e) A segregação socioespacial no meio urbano contribui para a estratificação da oferta de infraestrutura de saneamento, relegando a parcela mais pobre da população à insalubridade ambiental, em qualquer região do Brasil.
GABARITO
01 - A
02 - D
03 - C
04 - D
05 - E
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