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segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Questão de História - UNICAMP 2022 - A rainha Nzinga (1624-1663), governante seiscentista do Ndongo

UNICAMP 2022 - A rainha Nzinga (1624-1663), governante seiscentista do Ndongo, um reino da África Central situado na atual Angola, chegou ao poder graças à sua competência militar, à diplomacia bem sucedida, à manipulação da religião e de conflitos entre potências europeias. Ela criou as condições para a primeira sublevação popular mbundu contra a exploração portuguesa ao atrair para sua causa os chefes que estavam sob influência europeia. Depois conquistou o reino vizinho de Matamba e o governou por três décadas junto com o que restou do poderoso reino Ndongo; desafiou treze governadores portugueses que regeram Angola entre 1622 e 1633. Apesar de seus feitos e o longo reinado, comparável ao de Elizabeth I (1503—1603) da Inglaterra, ela foi desacreditada pelos contemporâneos europeus e por autores posteriores. 
(Adaptado de Linda Heywood, Nzinga de Angola: a rainha guerreira de África. Lisboa: Casa das Letras, 2017. p. 10-12; 82.) 

Com base no excerto e em seus conhecimentos, é correto afirmar que a rainha Nzinga: 
a) Utilizou, como estratégias políticas para conter o avanço português em seus territórios, a formação de alianças com reinos vizinhos (como Congo), a exploração dos conflitos entre Portugal e Holanda e a interferência nas redes do tráfico. 
b) Expulsou os portugueses de Angola e reconstruiu o reino do Ndongo em sua extensão original através da política de distribuição de terras aos sobas que aceitaram a sua legitimidade no trono. 
c) Aboliu o tráfico atlântico de escravizados, apesar da oposição de missionários e comerciantes portugueses que viviam em Luanda, e perseguiu os sobas envolvidos com o comércio. 
d) Enfrentou um mundo onde o imaginário monárquico e o ideário político eram hegemonicamente masculinos e, assim como a Rainha Elizabeth I, não teve sucesso político e militar.

RESPOSTA:
Letra A.

Tendo governado uma região na atual Angola, a rainha Nzinga Mbandi (1624-1663) assegurou seu poder através de conflitos e também de negociações que envolveram tanto os europeus como povos africanos. Nzinga liderou guerras que impediram a plena conquista de Portugal sobre Angola em grande parte do século XVII. Simultaneamente, seu reinado se beneficiou do envio, às rotas internacionais do comércio de africanos escravizados, de seus rivais derrotados militarmente, o que fortaleceu o governo de Nzinga.

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