PESQUISAR ESTE BLOG

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Questão de História - UNICAMP 2020 - Um dos eixos da bipolaridade escravista que unia a África à América portuguesa girava

UNICAMP 2020 - Um dos eixos da bipolaridade escravista que unia a África à América portuguesa girava, justamente, na rota aberta entre as duas margens do mar por correntezas e ventos complementares. Na ida, a rota principal seguia o inverso dos ponteiros do relógio, no sentido dos ventos oeste-leste, entre o Trópico de Capricórnio e 30º5. Na volta, a rota principal seguia no sentido dos alísios de sudeste, abaixo da linha do Equador. Na medida em que se zarpava com facilidade de Pernambuco, da Bahia e do Rio de Janeiro até Luanda ou a Costa da Mina, e vice-versa, a navegação luso-brasileira que se desenvolveu naquelas rotas foi transatlântica e negreira. Vários tipos de trocas uniam as duas margens do oceano. 
(Adaptado de Luiz Felipe de Alencastro, O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 61 - 63.) 

Com base no excerto e em seus conhecimentos, responda às questões. 
a) Explique a direção dos ventos alísios no Atlântico Sul e a sua funcionalidade no transporte marítimo da África para o Brasil. 
b) Cite e explique um exemplo de relação estabelecida entre o Brasil e a África na época da colonização portuguesa na América.

RESPOSTA:
a) A direção dos ventos alísios no litoral brasileiro é de sudeste para noroeste; no litoral africano, é de noroeste para sudeste. O desenvolvimento das técnicas de navegação naquele contexto estava relacionado ao aproveitamento do regime dos ventos, dado que as embarcações eram movidas a vela. Nesse sentido, a navegação da África para o Brasil era facilitada. 

b) O comércio de pessoas escravizadas desempenhou papel fundamental na dinamização de vários tipos de trocas estabelecidas entre Brasil e África no contexto da colonização. Por meio de uma multiplicidade de relações potencializadas pelo tráfico, formou-se um amplo complexo histórico e cultural afro-brasileiro.

Nenhum comentário: