UNICAMP 2020 - O escritor Fernão Mendes Pinto não foi o único a criticar a construção de um império que ia da Índia ao Amazonas. Outros – entre os quais se destacam Gil Vicente e Camões – registraram que o reverso da medalha do papel de civilizadores e missionários assumido pelos portugueses era a brutalidade, a covardia, a avareza, a crueldade, a pilhagem e o desprezo pelas sensibilidades, costumes, crenças e propriedades dos locais. A prosa e a poesia do século XVI exprimiram o receio de que o preço a pagar por tal aventureirismo poderia ser a degenerescência moral e o declínio das virtudes cívicas em Portugal.
(Adaptado de A. J. R. Russel-Wood, Reviewed work: The Travels of Fernão Mendes Pinto by Fernão Mendes Pinto, Revecca D. Catz. The International History Review, p. 568-572, ago. 1990.)
a) Explique as críticas de Gil Vicente e Camões à construção do Império português da Época Moderna.
b) Cite e explique uma forma de resistência à presença dos portugueses no Ultramar.
RESPOSTA:
a) Fernão Mendes Pinto, assim como outros literatos, destacaram a brutalidade presente na construção do Império português. Para eles, uma das consequências dessa ação seria a degenerescência moral e o declínio das virtudes cívicas em Portugal.
b) Existem diversas formas de resistência à presença portuguesa em áreas coloniais, tais como estratégias de formação de alianças com povos locais ou estrangeiros, que levariam a guerras ou pactos e tratados com os colonizadores. Também podemos citar a fuga de povos locais das áreas litorâneas ou ainda a manutenção de valores e costumes diante da imposição da fé cristã e da cultura europeias.
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