ENEM 2020 - O movimento sedicioso ocorrido na capitania de Pernambuco, no ano 1817, foi analisado de formas diferentes por dois meios de comunicação daquela época. O Correio Braziliense apontou para o fato de ser “a comoção no Brasil motivada por um descontentamento geral, e não por maquinações de alguns indivíduos”. Já a Gazeta do Rio de Janeiro considerou o movimento como um “pontual desvio de norma, apenas uma 'mancha' nas 'páginas da História Portuguesa", tão distinta pelos testemunhos de amor e respeito que os vassalos desta nação consagram ao seu soberano”.
JANCSÔ. I. PIMENTA. J P Peças de um mosaico. in: MOTA, C. G (Org ) Viagem Incompleta. 8 experiência brasileira (1500-2000) São Paulo Senac, 2000 (adaptado)
Os fragmentos das matérias jornalísticas sobre o acontecimento, embora com percepções diversas, relacionam-se a um aspecto do processo de independência da colônia luso-americana expresso em dissensões entre
a) quadros dirigentes em torno da abolição da ordem escravocrata.
b) grupos regionais acerca da configuração politico-territorial.
c) intelectuais laicos acerca da revogação do domínio eclesiástico.
d) homens livres em torno da extensão do direito de voto.
e) elites locais acerca da ordenação do monopólio fundiário.
RESPOSTA:
Letra B.
A Revolução Pernambucana de 1817, por se encaixar no processo de emancipação político-brasileiro, refletia, ainda que de forma regional, um projeto das elites locais no sentido de separar o Nordeste do Reino Unido, criado em 1815 e colocado sob a hegemonia de Portugal. Obs.: O jornal Correio Braziliense era editado em português na cidade de Londres, pelo brasileiro Hipólito da Costa.
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