UNICAMP 2019 - Entre os séculos XVII e XVIII, o nheengatu se tornou a
língua de comunicação interétnica falada por diversos
povos da Amazônia. Em 1722, a Coroa exortou os
carmelitas e os franciscanos a capacitarem seus
missionários a falarem esta língua geral amazônica tão
fluentemente como os jesuítas, já que em 1689 havia
determinado seu ensino aos filhos de colonos.
(Adaptado de José Bessa Freire, Da “fala boa” ao português na Amazônia
brasileira. Ameríndia, Paris, n. 8, 1983, p.25.)
Com base na passagem acima, assinale a alternativa
correta.
a) Os jesuítas criaram um dicionário baseado em línguas
indígenas entre os séculos XVI e XIX, que foi
amplamente usado na correspondência e na
administração colonial nos dois lados do Atlântico.
b) O texto permite compreender a necessidade de o
colonizador português conhecer e dominar a língua
para poder disciplinar os índios em toda a Amazônia
durante o período pombalino e no século XIX.
c) O aprendizado dessa língua associava-se aos projetos
de colonização, visando ao controle da mão de obra
indígena pelos agentes coloniais, como missionários,
colonos e autoridades.
d) A experiência do nheengatu desapareceu no processo
de exploração da mão de obra indígena na Amazônia
e em função da interferência da Coroa, que defendia o
uso da língua portuguesa.
RESPOSTA:
Letra C.
Nos séculos XVII e XVIII (sobretudo neste último,
durante o reinado de D. João V), Portugal
implementou um amplo projeto de inclusão da
Amazônia nos domínios lusitanos. Neste contexto, a
utilização de uma língua geral por todos os agentes
desse processo seria um meio de facilitar a consecução
do objetivo pretendido.
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