FUVEST 2018 - Na edição de julho de 1818 do Correio Braziliense, o jornalista Hipólito José da Costa, residente em Londres, publicou a seguinte avaliação sobre os dilemas então enfrentados pelo Império português na América:
A presença de S. M. [Sua Majestade Imperial] no Brasil lhe dará ocasião para ter mais ou menos influência naqueles acontecimentos; a independência em que el-rei ali se acha das intrigas europeias o deixa em liberdade para decidir-se nas ocorrências, segundo melhor convier a seus interesses. Se volta para Lisboa, antes daquela crise se decidir, não poderá tomar parte nos arranja - mentos que a nova ordem de coisas deve ocasionar na América.
Nesse excerto, o autor referia-se
a) aos desdobramentos da Revolução Pernambucana do ano anterior, que ameaçara o domínio português sobre o centro-sul do Brasil.
b) às demandas da Revolução Constitucionalista do Porto, exigindo a volta imediata do monarca a Portugal.
c) à posição de independência de D. João VI em relação às pressões da Santa Aliança para que interviesse nas guerras do rio da Prata.
d) às implicações que os movimentos de independência na América espanhola traziam para a dominação portuguesa no Brasil.
e) ao projeto de D. João VI para que seu filho D. Pedro se tornasse imperador do Brasil independente.
RESPOSTA:
Letra D.
A data de 1818 é fundamental para o entendimento da
conjuntura exposta no texto transcrito. Àquela altura,
a Revolução Pernambucana de 1817, embora reprimida, dera uma indicação acerca do descontenta -
mento reinante em certas regiões brasileiras, mesmo
com a elevação do Brasil à condição de “Reino
Unido”; ademais, o período coincide com o alastra -
mento das rebeliões independentistas na América
Espanhola, as quais poderiam repercutir na América
Portuguesa. Daí a sugestão de Hipólito da Costa para
que D. João VI somente regressasse a Portugal depois
de haver equacionado o problema político na porção
americana do Império Português.
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