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Questão de História - FUVEST 2017 - O café passou a ser o produto das grandes fazendas doadas em sesmarias,

FUVEST 2017 - O café passou a ser o produto das grandes fazendas doadas em sesmarias, enquanto a corte portuguesa residia no Rio de Janeiro. Na verdade, o café foi a salvação da aristocracia colonial. Foi também a salvação da corte imperial cambaleante, que, assediada por rebeliões regenciais e duramente pressionada a pagar pelas burocracias civil e militar necessárias para consolidar o Estado, foi resgatada pelas receitas do café que afluíam para a alfândega do Rio de Janeiro. Caso as condições de cultivo tivessem sido mais favoráveis ao café nas distantes e rebeldes cidades do Recife, Porto Alegre ou São Luís, seriam geradas forças centrífugas que teriam dividido o Brasil. 
Warren Dean, A ferro e fogo. A história e a devastação da Mata Atlântica brasileira, 1996. Adaptado. 

A partir do texto,
a) indique a localização geográfica da cultura do café no Império do Brasil, mencionando qual foi sua maior zona produtora;
b) caracterize a economia das províncias que, entre 1835 e 1845, rebelaram-se contra o poder central do Império.

RESPOSTA:
a) Durante o Império Brasileiro, a cafeicultura desenvolveu-se na Região Sudeste, concentrandose no Vale do Paraíba fluminense e paulista (incluindo o sul de Minas Gerais) e no chamado “Oeste Paulista”, correspondente à área central da Província de São Paulo. Esta última foi o principal centro produtor da época, graças a diversos fatores, tais como a fertilidade do solo, o predo mínio do trabalho livre e a expansão do transporte ferroviário. 

b) Bahia (Revolta dos Malês/1835 e Sabinada/1837- 38): agricultura da cana-de-açúcar e do tabaco, apoiada no trabalho escravo, e pecuária no Vale do São Francisco. Pará (Cabanagem/1835-40): extrativismo vegetal. Rio Grande do Sul (Farroupilha/1835-45): pecuária, com predomínio da mão de obra livre. Maranhão (Balaiada/1838-41): agricultura do algodão e pecuária. São Paulo e Minas Gerais (Revoluções Liberais de 1842): policultura, com predomínio da cana-deaçúcar em São Paulo e da produção de subsistência em Minas Gerais.

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