FUVEST 1998 - “Um comerciante está acostumado a empregar o seu dinheiro principalmente em projetos lucrativos, ao passo que um simples cavalheiro rural costuma empregar o seu em despesas. Um frequentemente vê seu dinheiro afastar-se e voltar às suas mãos com lucro; o outro, quando se separa do dinheiro, raramente espera vê-lo de novo. Esses hábitos diferentes afetam naturalmente os seus temperamentos e disposições em toda espécie de atividade. O comerciante é, em geral, um empreendedor audacioso; o cavalheiro rural, um tímido em seus empreendimentos...” (Adam Smith, A Riqueza das Nações, Livro III, capítulo 4)
Neste pequeno trecho, Adam Smith
a) contrapõe lucro a renda, pois geram racionalidades e modos de vida distintos.
b) mostra as vantagens do capitalismo comercial em face da estagnação medieval.
c) defende a lucratividade do comércio contra os baixos rendimentos do campo.
d) critica a preocupação dos comerciantes com seus lucros e dos cavalheiros com a ostentação de riquezas.
e) expõe as causas da estagnação da agricultura no final do século XVIII.
RESPOSTA:
Letra A.
Adam Smith, economista do século XVIII e pai do
liberalismo, defendia a organização do trabalho na
produção industrial como fonte da riqueza de um país.
No texto em questão, Adam Smith compara o lucro no
comércio auferido por um burguês e a renda fundiária
obtida por um gentil-homem rural. Pela análise do autor,
o dinheiro eventualmente ganho pelo primeiro poderá
retornar sob a forma de novos lucros, caracterizando,
portanto, um investimento. O segundo, porém, ao se
preocupar com a manutenção de seu status, pratica
despesas não-produtivas. Daí os tipos de comportamento diferentes entre ambos.
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