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terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Questão de Geografia - FUVEST 2022 - Em agosto de 2021, ocorreu desestabilização do terreno com a exploração de sal-gema

FUVEST 2022 - Em agosto de 2021, ocorreu desestabilização do terreno com a exploração de sal-gema em Maceió, capital de Alagoas, atingindo cerca de 57 mil pessoas em cinco bairros da cidade. O incidente teve início com tremores de terra três anos antes, seguidos de afundamentos de terreno. O bairro do Pinheiro, um dos mais atingidos, teve suas casas condenadas pela Defesa Civil por risco de desabarem. Folha de São Paulo, 02 de Agosto de 2021. Adaptado. 

Considerando as informações fornecidas e seus conhecimentos, responda:
 a) Que tipo de falha geológica é representada na figura? 
b) Indique e explique uma causa de desestabilização do terreno devido à exploração de sal-gema no caso citado. 
c) Indique e explique uma consequência negativa do problema ambiental citado para a dinâmica urbana de Maceió/AL.

RESPOSTA:

a) Trata-se de uma falha geológica inversa. 

b) A desestabilização do terreno está relacionada ao colapso de minas de sal-gema localizadas no subsolo da área afetada. A intensa retirada do material pela atividade mineradora em área de falhas geológicas provocou o colapso de cavidades compostas por sal-gema, em função da despressurização e consequente reativação dessas falhas. Tal retirada, associada ao terreno sedimentar, instável, da área provocaram a movimentação do terreno, de modo que o solo acima das minas afundasse.

c) Uma consequência que pode ser citada para a dinâmica urbana de Maceió é a desvalorização imobiliária nos bairros afetados. O perigo de novo afundamento e os impactos causados pelos episódios anteriores levaram à desocupação dos imóveis localizados em áreas de risco, possibilitando a formação de uma ampla área urbana praticamente abandonada e em ruínas – desvalorizadas, portanto, para os interesses do mercado imobiliário. Outra importante consequência que pode ser citada é a remoção da população dos bairros em risco, visto que o poder público teve de efetuar a desocupação forçada dos imóveis, por risco de desabamento. Por fim, também é possível mencionar a perda de relevante patrimônio histórico de Maceió, já que os bairros mais afetados apresentam diversos imóveis tombados pelo patrimônio histórico e que também correm risco de desabamento.

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