UECE 2023/2 - As townships (áreas de fragilidade socioeconômica) da África do Sul surgiram dos vários decretos segregacionistas e de atos violentos durante o regime de discriminação racial que vigorou entre 1948 e 1990, o apartheid. Nesse período, os negros não podiam ser proprietários de terras, não podiam participar da política e eram forçados a viver nessas townships, longe dos centros comerciais e das áreas urbanas ocupados pelos brancos. Após o fim do apartheid, no contexto mais recente, as townships se transformaram em pontos de visitação turística com hospedagem para visitantes internacionais em busca de vivenciar a “realidade” desses lugares. FreireMedeiros (2010) trata sobre uma recente “pobreza turística” que tem atraído os chamados “turistas de realidade” que visitam pelo mundo, por exemplo, as townships na África do Sul e as favelas da cidade do Rio de Janeiro no Brasil.
FREIRE-MEDEIROS, Bianca. “A miséria de uns é a aventura de outros”: pobreza turística e consumo de experiências. In: FARIAS, Edson (org.). Práticas culturais nos fluxos e redes da sociedade de consumidores. Brasília (DF): DPP/UnB, Verbis Editora, 2010.
Partindo do enunciado, avalie as seguintes afirmações:
I. A “pobreza turística” transforma territórios de dificuldades em lugares que atraem um tipo de visitante que busca experiências reais nas suas viagens.
II. O consumo turístico dos lugares de fragilidade social ocorre pelo avanço da crise econômica mundial para contemplar turistas com baixo poder aquisitivo.
III. Esse “turismo da pobreza” possibilita a imersão dentro dessas comunidades e oferecem aos turistas as mesmas experiências vividas pelos habitantes locais.
É correto o que se afirma somente em
A) I e II.
B) III.
C) II e III.
D) I.
RESPOSTA:
Letra D.
A questão aborda áreas de vulnerabilidade social, ou tragédias em vários países, onde turistas procuram por locais que buscam destinos emocionantes, com sensações fortes e perigosas que tem como princípio vivenciar a realidade dos fatos dessas regiões escolhidas, o que têm se tornado uma tendência nos últimos anos nas agências de viagens do Brasil e do mundo.
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