Por que, segundo Aristóteles, o possível é pertinente à ética, mas o necessário, não?
RESPOSTA:
Porque só há ética onde há deliberação ou escolha. O
necessário é o que é e sempre será tal como é, independentemente de nossa escolha. Por isso, não concerne à
ética. O contingente é o que pode ser de uma forma ou
de outra. Entre o que é contingente existe o que é por
acaso e o que é possível. O que ocorre por acaso poderia ser de uma forma diferente da que é, mas não está
em nosso poder escolher, porque o acaso é o encontro
acidental de duas séries de acontecimentos, sejam eles
determinados por vontade, sejam por necessidade. Por
isso, também não concerne à ética. Por fim, o possível
é aquilo que pode ser ou deixar de ser, mas que depende de nós para acontecer, de nossa ação e nossa vontade. Por isso, só o que é possível concerne à ética.
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