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domingo, 4 de junho de 2023

Questão de História - UECE 2023/2 - Em 476, o último dos imperadores do Ocidente, o insignificante Rômulo Augústulo, foi deposto

UECE 2023/2 - Em 476, o último dos imperadores do Ocidente, o insignificante Rômulo Augústulo, foi deposto e um chefe bárbaro assumiu o título de rei de Roma. Embora esse fato passe comumente por ter assinalado o fim da história romana, não foi na realidade senão o incidente final de um longo processo de desintegração. Sobre a crise do Império Romano, é correto afirmar que 
A) a queda de Roma se deveu a uma sequência de governantes desastrosos que arruinaram a economia romana. 
B) foi provocada pelo declínio da religião tradicional e a consequente ascensão do cristianismo. 
C) o fim do período expansionista e a diminuição do número de escravos provocaram o colapso do Império Romano. 
D) a divisão do império em duas partes, Império do Ocidente e Império do Oriente, acabou por destruir o Império Romano.

RESPOSTA:
Letra C.

A crise do Império Romano Ocidental teve seu início no final do século III e culminou na deposição de Rômulo Augusto, o último imperador romano ocidental, em 476 d.C. Essa crise foi caracterizada por uma série de problemas políticos, sociais, econômicos e militares que enfraqueceram gradualmente o poder imperial e levaram ao colapso final do Império Romano no Ocidente. Rômulo Augusto ascendeu ao trono em 31 de outubro de 475, com apenas 16 anos de idade. Seu governo, no entanto, foi curto e marcado por disputas internas e intervenções estrangeiras. Nessa época, o Império Romano Ocidental já estava em um estado de declínio prolongado e muitas de suas instituições estavam corroídas. Um dos principais fatores que contribuíram para a crise foi a instabilidade política. O poder imperial estava nas mãos de generais ambiciosos que frequentemente lutavam pelo controle do trono, resultando em um período conhecido como "Anarquia Militar". O enfraquecimento do poder central também permitiu que diferentes regiões do império seguissem caminhos independentes, resultando na formação de reinos bárbaros autônomos em territórios anteriormente governados por Roma. Além disso, a economia romana enfrentou sérios problemas. A escassez de mão de obra, a alta carga tributária, a inflação e a falta de comércio foram fatores que contribuíram para a crise econômica. A queda do comércio e da produção agrícola afetou negativamente as finanças do Estado e a capacidade de Roma de sustentar seu vasto aparato militar. Ainda que o senso comum nos leve ao item C, a queda do Império Romano é resultado de uma junção de fatores, não se limitando ao fim do processo expansionista e a diminuição do número de escravos. Nesse sentido, considerando os itens apresentados na questão, podemos ter mais de um item correto, tendo em vista que a referida crise foi estrutural, somando a influência do cristianismo no enfraquecimento do poder central, do politeísmo e da escravidão. Além disso, os últimos imperadores corroeram as contas públicas com a sua negligente administração. Esses elementos convergiram nocivamente com a redução do número de escravos, além da sua divisão interna que comprometeu a sua coesão política econômica e social.

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