UECE 2023/2 - A religião desempenhou um papel predominante na
vida dos antigos egípcios. A descrição dos egípcios pelos
gregos como ‘os mais religiosos dos homens’ é de algum
modo exagerada; não é possível, contudo, negar que a
crença no sobrenatural tenha sido tão importante para a
cultura do vale do Nilo quanto para qualquer outra
civilização, passada ou presente.”
BURNS, Edward McNall. História da Civilização Ocidental.
No que diz respeito à religião egípcia, assinale a afirmação
FALSA.
A) A religião deixou sua marca em quase todos os setores
da vida egípcia. A arte era uma expressão de
simbolismo religioso; a literatura e a filosofia estavam
embebidas de ensinamentos religiosos.
B) O potencial econômico e os recursos materiais eram
desperdiçados, em grandes quantidades, na construção
de tumbas complicadas e na manutenção de um corpo
eclesiástico suntuoso.
C) Todas as divindades protetoras foram
consubstanciadas no deus solar Re ou Ra. Em tempos
posteriores, com a ascensão de uma dinastia tebana ao
poder, essa divindade passou a se chamar vulgarmente
Amon, Amen, ou Ammon-Re, nome do deus principal
de Tebas.
D) A reforma de Ikhnáton permitiu que os sacerdotes
corruptos e mercenários retomassem seu antigo poder.
O resultado foi uma revivescência e uma expansão
gradual das antigas superstições.
RESPOSTA:
Letra D.
Aqui estão algumas das principais características da religião egípcia: os egípcios acreditavam em uma multiplicidade de deuses e deusas. Eles acreditavam que cada divindade possuía poderes e atribuições específicos e, portanto, adoravam uma variedade de entidades divinas; a religião egípcia tinha uma forte ênfase na vida após a morte. Os egípcios acreditavam que a vida continuava após a morte e que era importante se preparar adequadamente para a vida no além. Os deuses egípcios eram frequentemente associados a elementos naturais, como o sol, o rio Nilo, o céu, a terra e os animais. Os egípcios acreditavam que a natureza era sagrada e que os deuses desempenhavam um papel importante em seu equilíbrio e fimcionamento.
A Reforma Religiosa de Amenófis IV, também conhecido como Aquenáton, foi um evento significativo na história do antigo Egito durante o período da XVIII dinastia (aproximadamente 1353 a.C. a 1336 a.C.). Amenófis IV foi um faraó que assumiu o trono e decidiu fazer uma transformação religiosa radical. Antes da Reforma Religiosa, o Egito antigo era um estado teocrático com uma religião politeísta complexa, na qual o faraó desempenhava um papel central como intermediário entre os deuses e o povo. Os deuses principais eram Amon-Rá, Osíris, Ísis e Hórus. Os templos eram centros importantes de adoração e rituais religiosos. Amenófis IV alegou uma conexão direta com o Aton, assumindo um papel mais central e divino. Ele era retratado em esculturas e relevos com características mais realistas, incluindo características fisicas peculiares, como uma aparência andrógina e traços faciais alongados. Apesar de seus esforços, a Reforma Religiosa de Amenófis IV foi relativamente breve e enfrentou resistência significativa. Após a morte de Amenófis IV, a religião tradicional foi gradualmente restaurada e seu nome e imagem foram apagados dos registros oficiais. No entanto, a breve introdução do monoteísmo no Egito antigo durante o reinado de Amenófis IV influenciou posteriores desenvolvimentos religiosos e filosóficos em outras partes do mundo.
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