UECE 2023/2 - “É com a noção de estado de natureza que Hobbes funda seu sistema ético e político. O estado de natureza é, então, a pedra fundamental sobre a qual Hobbes erige sua ciência política. Essa noção funciona como a antítese do Estado político, compondo um movimento circular: quando o Estado político, construído com o intuito de corrigir os defeitos do estado de natureza, deixa de cumprir sua finalidade, o estado de natureza então ressurge.”
SOUKI, Nádia. Behemoth contra Leviatã: guerra civil na filosofia de Thomas Hobbes. São Paulo: Loyola, 2008.
Sobre a relação entre o estado de natureza e o Estado político, em Thomas Hobbes (1588-1679), é correto afirmar que
A) a vida no estado de natureza é desejável, pois é uma vivência harmoniosa e colaborativa entre os homens.
B) a coexistência simultânea de estado de natureza e Estado político é o que garante a paz entre os homens.
C) mesmo o estado de natureza sendo associado a uma vivência hostil, é preferível ao Estado político.
D) o retorno ao estado de natureza expressa a falência das instituições políticas que medeiam as relações humanas.
RESPOSTA:
Letra D.
Thomas Hobbes, em sua obra Leriatii, descreve o estado de natureza como um estado de guerra "de todos contra todos", onde a vida é "solitária, pobre, desagradável, brutal e curta". Para evitar essa condição caótica, os humanos estabelecem um contrato social, formando um Estado político (representado pelo Leviatã) que serve para mediar as relações entre as pessoas e manter a paz e a ordem. Se essas instituições políticas falham em manter a ordem e a paz, então a sociedade pode regressar ao estado de natureza. Portanto, a alternativa D expressa corretamente a relação entre o estado de natureza e o Estado político em Hobbes.
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