ENEM 2012 - Nossa cultura lipofóbica muito contribui para a distorção da imagem corporal, gerando gordos que se veem magros e magros que se veem gordos, numa quase unanimidade de que todos se sentem ou se veem “distorcidos”. Engordamos quando somos gulosos. É pecado da gula que controla a relação do homem com a balança. Todo obeso declarou, um dia, guerra à balança. Para emagrecer é preciso fazer as pazes com a dita cuja, visando adequarse às necessidades para as quais ela aponta.
FREIRE, D. S. Obesidade não pode ser pré-requisito. Disponível em: http//gnt.globo.com. Acesso em: 3 abr. 2012 (adaptado).
O texto apresenta um discurso de disciplinarização dos corpos, que tem como consequência
a) a ampliação dos tratamentos médicos alternativos, reduzindo os gastos com remédios.
b) a democratização do padrão de beleza, tornando-o acessível pelo esforço individual.
c) o controle do consumo, impulsionando uma crise econômica na indústria de alimentos.
d) a culpabilização individual, associando obesidade à fraqueza de caráter.
e) o aumento da longevidade, resultando no crescimento populacional.
RESPOSTA:
Letra D.
Um comportamento sociocultural contemporâneo e maciçamente difundido pela mídia é a lipofobia, ou seja, aversão à alimentos gordurosos e pessoas acima do peso. A distorção do que é gordo ou magro, segundo o texto, é o resultado da subjetividade pessoal e que engordamos devido as nossas vontades, relacionando o “pecado da gula” à obesidade e à fraqueza de caráter.
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