UECE 2023/2 - “Suponhamos que ontem de manhã uma criança avistou Pedro pela primeira vez; Paulo, ao meio-dia, e Simão, à tarde. Essa mesma criança avistou Pedro outra vez hoje de manhã. Amanhã, ao avistar os primeiros raios de sol, ela imaginará imediatamente, que verá Pedro, pois é manhã; ao meio dia, imaginará que verá Paulo; e à tarde, ela imaginará que verá Simão. Essa sua imaginação será tanto mais constante quanto maior tiver sido a frequência com que os tiver avistado nesses horários e nessa ordem.”
SPINOZA, Benedictus de. Ética. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. – Adaptado.
De acordo com o fragmento acima, quando a criança imagina que sempre às manhãs verá Pedro, aos meios-dias verá Paulo e, às tardes, Simão, significa que ela tem
A) apenas uma percepção vaga, sem explicação causal, da realidade.
B) um conhecimento certo e indubitável desses acontecimentos.
C) sua essência em comum com a dos homens avistados.
D) a consciência de que sua percepção está diretamente relacionada à identificação das causas totais.
RESPOSTA:
Letra A.
De acordo com o fragmento de Spinoza, a criança desenvolve a expectativa de ver Pedro pela manhã, Paulo ao meio-dia e Simão à tarde, com base em suas experiências anteriores. No entanto, essa imaginação não é baseada em uma explicação causal ou no conhecimento certo e indubitável desses acontecimentos. A criança tem uma percepção vaga e simplificada da realidade, associando a presença dessas pessoas aos horários específicos, sem compreender as causas subjacentes a essas associações.
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