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sábado, 19 de dezembro de 2020

Características naturais da Oceania

As paisagens da Oceania são bastante diversificadas e incluem desertos, praias, montanhas nevadas, fiordes e vulcões ativos. 

As unidades de relevo do continente foram formadas ao longo de várias etapas da história geológica do planeta Terra. O substrato geológico das grandes massas territoriais, como o escudo australiano, situado no centro da placa tectônica, é composto de terrenos bastante antigos, que datam do Período Pré-Cambriano.

A ação dos agentes internos e externos do planeta ao longo do tempo permitiu o desenvolvimento de um subsolo altamente rico em recursos minerais e de um relevo amplamente desgastado, constituído de extensos planaltos rochosos, planícies sedimentares ao longo dos rios e altitudes que não ultrapassam os 500 metros acima do nível do mar.

Na Austrália, as maiores altitudes estão localizadas em sua porção leste, na Cordilheira Australiana.

Grande parte das ilhas e dos atóis da Oceania está situada no Círculo de Fogo do Pacífico, área caracterizada pela intensa atividade vulcânica em decorrência do encontro de placas tectônicas. Por isso, a formação de tais terrenos é mais recente. Muitas ilhas abrigam unidades de relevos e substratos desgastados, mas também formações geológicas do Período Cretáceo. Em alguns locais, é possível observar altitudes bastante elevadas, que atingem os 4000 metros, como o monte Wilhelm, , localizado na Papua Nova Guiné.

A grande variação latitudinal do continente influencia significativamente os tipos de clima encontrados na Oceania. As regiões próximas à linha do Equador e às Zonas Tropicais registram elevados índices de pluviosidade e temperaturas altas o ano todo. No entanto, parte do território da Oceania está inserida na Zona Temperada, como a ilha da Tasmânia, a porção sudeste e o sul da Nova Zelândia. Nesses locais, as temperaturas são mais amenas e os invernos úmidos são moderados.

O clima do continente também é fortemente influenciado pelos fatores da maritimidade e da continentalidade. Nas regiões litorâneas e nas diversas pequenas ilhas, os índices de pluviosidade são mais elevados, em virtude da umidade vinda do oceano Pacífico. Já na porção central da Austrália, grande parte da umidade é retida pela Cordilheira Australiana, o que permite a ocorrência de clima do tipo desértico, caracterizado pelos baixos índices de chuva, inferiores a 350 mm por ano.

Há, por fim, a ocorrência de clima do tipo mediterrâneo, especialmente no extremo sul da Austrália, com verões quentes e secos e invernos frios e úmidos, além de locais cujas temperaturas são bastante frias, devido à influência das altas altitudes, como na Cordilheira Australiana e na porção central da Nova Zelândia e da Papua Nova Guiné.

As unidades de relevo e os diferentes tipos de clima influenciam também na grande diversidade de vegetação presente na Oceania. Nas Zonas Equatoriais e Tropicais predominam vegetações caracterizadas por florestas densas e úmidas.

Nas faixas de transição entre os climas úmido e seco, ocorrem os tipos de vegetação adaptados aos menores índices de pluviosidade e às temperaturas elevadas, como as Pradarias e as Savanas.

A vegetação rasteira, composta principalmente de gramíneas e arbustos, é adaptada à baixa umidade presente em locais de clima desértico do interior da Austrália. 

Por fim, as Zonas Temperadas e de elevadas altitudes abrigam fragmentos de Florestas Subtropicais e vegetação de altitude, características de locais onde predominam temperaturas mais amenas ao longo do ano. 

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