UECE 2023/2 - Gilberto Freyre afirmava que a sociedade brasileira é embasada nesses dois extremos: a Casa-Grande e a Senzala. Tais extremos foram sendo constituídos em vários sentidos sociais de forma contraditória, porém, flexível e plástica. Uma vez que a formação brasileira não se processou no puro sentido da europeização ao entrar em contato com as culturas indígena e africana. A formação brasileira, insiste o autor, foi um “processo de equilíbrio de antagonismos”. Equilíbrio entre os Senhores de Engenho e seus escravos que teria ocorrido pela maneira como se deu a mestiçagem na história do Brasil. Os filhos e as filhas das índias com os primeiros conquistadores e das negras com os seus Senhores, os mestiços, teriam contribuído para este balanceamento equilibrado que foi fundamental para as relações étnico-raciais no Brasil. Esta concepção de equilíbrio entre a Casa-Grande e a Senzala de Freyre (2013) contribuiu para a concepção
A) do abolicionismo libertário.
B) da cordialidade brasileira.
C) da democracia racial.
D) do racismo estrutural.
RESPOSTA:
Letra C.
Buscando romper com as teorias evolucionistas de sua época, Gilberto Freyre produziu argumentos que estabeleciam a miscigenação como um aspecto positivo na formação do povo brasileiro. De acordo com ele, a harmonia racial entre as três matrizes (africana — europeia —indígena) foi primordial para superar os antagonismos sociais e étnicos experimentados em outras nações. Gradativamente, as ideias de Freyre serviram para produzir a imagem de um Brasil sem racismo e sem outras práticas discriminatórias e receptível aos estrangeiros, conceito conhecido como "democracia racial".
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