UVA 2012/1 - os textos escritos pelos religiosos sobre os trabalhos escravos no Brasil.
I- Mande dar alguns escravos da Guiné à casa para fazerem mantimentos, porque a terra é tão fértil que facilmente se manterão e vestirão muitos meninos, se tiverem alguns escravos que façam roça de mantimentos e algodoais. (Manoel da Nóbrega 1551)
II- Alugar-se por trabalho (assalariado) é coisa muito custosa e requer muita renda e não há coisa desta maneira que baste. (Pe Manoel da Nóbrega 1558)
III- Não, é escandaloso de pagar as nossas dívidas em escravos, pois eles são a moeda corrente no país, assim como o ouro e a prata o são na Europa e o açúcar no Brasil. ( O Padre Antônio Vieira e o problema da escravidão no século XVII, citado em A. J Saraiva )
IV- Como não se encontraram na região do Brasil serviços livres, a faculdade é concedida aos nossos de comprar alguns escravos brasileiros. É de se desejar que isso só rarissimamente aconteça ( Serafim Leite, História da Cia de Jesus)
A partir das afirmações acima, é possível concluir que:
A) os sacerdotes e missionários do Brasil-Colônia davam preferência à utilização do trabalhador livre, embora fosse mais caro.
B) a utilização da escravidão indígena ficava restrita à realização de certas tarefas, ao contrário da africana, praticamente disponível para toda e qualquer atividade
C) dadas às condições vigentes no Brasil, o trabalho escravo era aceito como uma necessidade impenosa, ficando a questão de ser utilizado o negro ou o índio como algo secundário.
D) a utilização do trabalho escravo, africano ou indígena, pelos religiosos só não contava com o apoio dos padres da Companhia de Jesus.
RESPOSTA:
Letra C.
A escravidão no Brasil Colonial e Imperial foi uma prática vigente durante todo esse
período, inicialmente utilizando o índio, mas “substituído” ainda no século XVI por
povos africanos. O africano que se solidifica como mão- de -obra escrava no Brasil fica caracterizado como o verdadeiro escravo embora em várias regiões e episódios é
percebido a mão-de-obra escrava indígena como segundo plano dependendo do
contexto local e a atividade econômica desenvolvida.
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