MACKENZIE 2008 - Em fins de agosto de 1961, a imprensa anunciava que Ranieri Mazzilli assumia o governo em seguida à inesperada renúncia de Jânio Quadros. O presidente vinha sendo alvo de agudas críticas, entre outras razões, porque
a) a política econômica adotada por Jânio assumia cada vez mais uma orientação efetivamente socialista, visível na aproximação das relações diplomáticas e comerciais com Cuba e com a URSS.
b) acirrava-se o desacordo entre o presidente e seu vice, João Goulart, eleito por outro partido, tornando impossível a permanência de um e outro, juntamente, no comando político do país.
c) grande parte do empresariado nacional se descontentara com a política demasiado democrática do presidente, que pusera em execução um sem-número de planos de melhorias sociais, tanto nas cidades como no campo.
d) setores conservadores da sociedade se opunham ao caráter “independente” da política externa de Jânio, sobretudo após a inopinada condecoração, pelo presidente, do ministro cubano Ernesto Guevara.
e) havia claros indícios de que, com o apoio das Forças Armadas, Jânio pretendia articular um golpe contra o Congresso Nacional (as “forças ocultas” da carta-renúncia), fechá-lo e governar ditatorialmente.
RESPOSTA:
Letra D.
Ao assumir a Presidência da República e adotar uma
“política externa independente” (em relação aos Estados Unidos), Jânio Quadros causou certa inquietação
entre os setores conservadores que o haviam apoiado –
entre eles, a UDN de Carlos Lacerda. Seu apoio ostensivo ao regime de Fidel Castro e a condecoração concedida a “Che” Guevara acabaram por lhe alienar o
apoio do Congresso, inviabilizando sua permanência no
poder e impelindo-o para o caminho da renúncia.
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