FAMERP 2020 - [Maquiavel] elogia a República romana como tendo sido a mais perfeita forma de governo e um verdadeiro Estado unido pelo espírito público de seus cidadãos; no entanto, numa época como a sua, seria necessário um líder que utilizasse a força como princípio, tese que desenvolve em O Príncipe. (Teresa Aline Pereira de Queiroz. O Renascimento, 1995.)
A obra O Príncipe foi escrita por Maquiavel em 1513 e publicada em 1532. Nela, o pensador florentino
(A) rejeita a noção de república, valorizando o princípio de participação política direta de todos os cidadãos.
(B) defende a submissão do poder secular ao poder atemporal, reconhecendo a Igreja como o centro da vida política.
(C) analisa experiências políticas do passado e do presente, propondo um modelo de atuação do governante.
(D) celebra o princípio da experiência do indivíduo, identificando os conselhos dos anciãos como origem de todo poder.
(E) questiona o militarismo da Roma Antiga, sugerindo aos governantes abandonar projetos imperiais e expansionistas.
RESPOSTA:
Letra C.
Maquiavel, enquanto pensador político renascentista,
admirava e valorizava o passado clássico (greco-ro -
mano), embora reconhecesse sua inviabilidade em um
período tão conturbado quanto o do início da
Modernidade. Assim, contrariando a visão otimista do
pensamento antropocentrista de sua época, propôs,
como modelo de governo eficaz, a autoridade forte de
um príncipe que não se deixasse tolher por normas
éticas, mas visasse apenas à manutenção da ordem na
sociedade.
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