A crise do Encilhamento alertou as oligarquias regionais, que exigiam uma participação mais ativa na definição dos rumos econômicos do Brasil. À crise econômica somou-se uma crise política. A forte centralização do poder nas mãos do presidente da república também descontentou esses setores, que defendiam maior autonomia para os estados.
Essas dificuldades políticas levaram Deodoro da Fonseca a dissolver o Congresso e a
defender reformas constitucionais que lhe
assegurassem maiores poderes, o que desagradou ainda mais seus opositores. Pressionado, o presidente renunciou
em novembro de 1891.
O marechal Floriano Peixoto assumiu o cargo e empregou esforços para
controlar a inflação e recuperar a economia. Apesar de as novas medidas
não terem resolvido a crise econômica, algumas delas, como o controle dos
preços de alimentos e de aluguéis e a isenção de alguns impostos, garantiram
algum apoio popular ao governo.
Floriano consolidou o regime republicano por meio da centralização
política e do comando rigoroso das Forças Armadas. Enfrentou as duas
principais rebeliões do período: a Revolução Federalista e a Revolta da
Armada. Nos dois casos, a repressão foi violenta e o governo republicano
mostrou sua disposição de não tolerar mobilizações oposicionistas.
A Revolução Federalista estourou no Rio Grande do Sul, em fevereiro de
1893. Os combates foram travados entre republicanos partidários da centralização política do governo de Floriano e os federalistas, defensores de
um Estado menos centralizado. As lutas estenderam-se por Santa Catarina
e pelo Paraná. A revolta foi sufocada pelo governo em 1895.
A Revolta da Armada explodiu em setembro de 1893.
Os oficiais da
marinha estavam descontentes com a preponderância do exército e com a
limitada participação da armada na política brasileira. Eles se rebelaram e
exigiram novas eleições. Durante o conflito, a cidade do Rio de Janeiro chegou
a ser bombardeada pelos rebeldes, que só se renderam em março de 1894.
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