Apesar da tendência de dispersão, os novos fatores locacionais fizeram surgir um novo tipo de concentração industrial: os tecnopolos ou parques tecnológicos.
O tecnopolo é um centro industrial e tecnológico que reúne, em um mesmo local, atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), como universidades e empresas de alta tecnologia. Na era dos tecnopolos, um novo “capital” é muito valorizado: o capital intelectual. Por isso a universidade é fundamental nesses locais. Não existe aí uma cadeia industrial baseada na complementação de produtos, mas uma produção em que o principal capital é o conhecimento. Uma infraestrutura de infovias (fibra óptica, internet banda larga) com um bom sistema de comunicação é essencial para a instalação de um tecnopolo.
Os Estados Unidos, a Inglaterra, a França e o
Japão foram, nas décadas de 1960 e 1970, os pioneiros na implantação dos Parques de Ciência e
Tecnologia. Os primeiros parques tecnológicos foram o Vale do Silício, na Califórnia, que teve origem
na Universidade de Stanford, e a Rota 128, na região
de Boston, Massachusetts, no fim da década de 1950
e início da década de 1960. Na Europa, os pioneiros
foram Sophia-Antipolis, na França, e Cambridge, no
Reino Unido, no início dos anos 1970. No Japão,
destaca-se o parque tecnológico de Tsukuba, implantado de 1968 até a década de 1980.
No Brasil, existem tecnopolos criados em torno
da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp),
do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), da Pontifícia Universidade
Católica de Campinas (PUCC-SP), do Laboratório
Nacional de Luz Síncrotron, do Instituto de
Pesquisas Renato Archer (CenPRA) e de uma unidade da Embrapa. Em São José dos Campos, o
chamado “tecnopolo aeroespacial” formou-se em
torno do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA),
do Centro Tec nológico Aeroespacial (CTA), do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE),
do Instituto de Aero náutica e Espaço, da Embraer, da
Avibras e da Agência Espacial Brasileira.
Outras instalações importantes são o tecnopolo
de São Carlos (SP), o Parque Tecnológico de Belo
Ho rizonte (MG), o Tecnopolo de Londrina (PR), o
Tec nopolo Farmacêutico e Biotecnológico do Pernam buco, em Petrolina (PE), o Centro de Biotecnologia da Amazônia, em Manaus (AM), e o
Tecnopolo do Petróleo na ilha do Fundão, na cidade
do Rio de Janeiro (RJ).
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