Leia o fragmento de O marinheiro, drama de Fernando Pessoa:
PRIMEIRA – Não falemos mais. Por mim, cansa-me o esforço que fazeis para falar... Dói-me o intervalo que há entre o que pensais e o que dizeis... A minha consciência boia à tona da sonolência apavorada dos meus sentidos pela minha pele... Não sei o que é isto, mas é o que sinto... Preciso de dizer frases confusas um pouco longas, que custem a dizer... Não sentis tudo isto como uma aranha enorme que nos tece de alma a alma uma teia negra que nos prende? SEGUNDA – Não sinto nada... Sinto as minhas sensações como uma coisa que se sente... Quem é que eu estou sendo?... Quem é que está falando com a minha voz?...
O trecho faz alusão à seguinte característica modernista verificada na peça:
A) Discussão sobre a ausência de figura autoral.
B) Utilização de elementos simbolistas.
C) Analogia à ausência de metalinguagem.
D) Desmascaramento do processo ficcional.
RESPOSTA:
Letra D.
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