Diferentemente do Império Romano, no período medieval, ocorreu um processo de ruralização da economia e de retração do comércio e da circulação de dinheiro. O poder dos reis passou a ser apenas de direito. O poder de fato foi descentralizado e ficou nas mãos dos senhores feudais, que formaram feudos com produção agropecuária baseada no trabalho servil.
O feudalismo se caracteriza pela sociedade dividida em rígidos estamentos, onde há pouca ou nenhuma mobilidade social. Os servos, em especial, nunca poderiam ascender a senhores feudais.
Nessa divisão, as funções sociais eram claras: o clero cuidava da vida espiritual, a nobreza era responsável por funções militares e de defesa e os servos trabalhavam na produção de toda a economia feudal.
Em um período maior do mês, os servos faziam o trabalho servil nas terras dos senhores feudais como pagamento por sua proteção e permanência na terra. Sobravam, portanto, apenas poucos dias para trabalhar nas terras destinadas à sua subsistência. Suas principais obrigações e impostos eram:
• corveia: obrigação de trabalhar três dias por semana (ou mais) nas terras do senhor feudal;
• talha: tributo que destinava metade da produção das terras dos servos ao senhor feudal;
• banalidade: imposto sobre a utilização de qualquer ferramenta ou qualquer meio de produção do senhor feudal;
• mão-morta: obrigação da família do servo de permanecer trabalhando no feudo mesmo depois da morte do patriarca;
• dízimo: imposto que destinava 10% de toda a produção dos servos à Igreja.
Dessa forma, apesar de ser juridicamente livre, os servos eram presos à terra e à exploração de seu trabalho pelo senhor feudal. O modo de produção feudal, porém, entrou em declínio a partir do século XIII.
Apesar da desaceleração que ocorre no século XIV – principalmente por causa da peste negra (1346-1353) e da Guerra dos Cem Anos (1337-1453) –, há o início da expansão comercial marítima europeia visando à colonização de novos territórios. Assim, em 1453, termina a Idade Média e começa a Idade Moderna.
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