Ao final dos anos 1960 – sobretudo nos Estados Unidos, na Europa ocidental e no Japão –, a economia baseada na produção taylor-fordista começou a determinar a redução nas taxas de lucratividade. Isso pressionou a necessidade de reestruturação dos processos de produção para, mais uma vez, aumentar os índices de eficiência e eficácia produtivos, isto é, reduzir o tempo de trabalho necessário à produção. É nesse período que surge um novo sistema de organização do trabalho que se apresenta como uma alternativa para o aumento dos lucros das empresas: o toyotismo.
Taiichi Ohno (1912-1990) criou o Sistema Toyota de Produção, o toyotismo, para diminuir o tempo de produção com o uso do sistema just-in-time (“na hora certa”, em português), que administrava a redução de estoques para atender a produção no tempo certo.
Desenvolvido inicialmente no Japão, o toyotismo tinha como objetivo diminuir os custos de produção ao reduzir o tempo de trabalho. Para isso, foi implementado um conjunto de transformações tecnológicas e de gestão. Entre elas, as mais importantes são:
• flexibilização do trabalho: um operário executa várias tarefas produtivas;
• automação das máquinas: introdução da microeletrônica e da robótica nas máquinas, levando à dispensa de trabalhadores não necessários;
• Círculos de Controle de Qualidade (CCQs): os próprios trabalhadores incorporam tarefas de gerência e controle produtivos ao supervisionarem a qualidade dos produtos e os processos de terceirização de várias partes da planta produtiva, relegando a um terceiro a produção de componentes.
Com a produção toyotista
tem-se outra reorganização da
vida da classe trabalhadora. O operário taylor-fordista da produção
em massa (que executava apenas
uma tarefa) passa a ser substituído
no toyotismo pelo operário que,
mesmo ainda tendo seu trabalho
prescrito e executando tarefas
simplificadas, requer um conjunto
de novas qualificações profissionais que o fundamentam como
um operário polivalente.
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