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domingo, 20 de fevereiro de 2022

O conflito sino-soviético

A China começou a se desentender com as diretrizes do Partido Comunista da União Soviética no final da Guerra da Coreia, em 1953. Naquele ano, os tratados de paz e a divisão da Coreia aproximaram as relações entre estadunidenses e soviéticos, iniciando a chamada Coexistência Pacífica. O objetivo era evitar uma guerra nuclear entre as duas superpotências. Contudo, o Partido Comunista Chinês era contrário a essa ideia.

Em 1957, Mao Tsé-tung criticou publicamente Nikita Khrushchev, primeiro-secretário do Partido Comunista da União Soviética, durante a Conferência Internacional dos Partidos Comunistas, realizada em Moscou. Mao havia declarado que os soviéticos não deveriam temer a guerra, mesmo que nuclear, contra os Estados Unidos. Para ele, se fosse necessária uma guerra nuclear para garantir a vitória do comunismo no mundo, então que ela acontecesse.

Dois anos depois, a União Soviética decidiu não enviar armas nucleares para a China, como havia sido acordado secretamente em 1957. Na mesma época, Mao lançou o Grande Salto para Frente, que foi duramente criticado pelos soviéticos. No começo dos anos 1960, a ruptura entre os comunistas chineses e os soviéticos era muito clara. Uma equipe de técnicos e de especialistas soviéticos que estavam na China foi convocada a retornar para a União Soviética. Na crise dos mísseis, Mao declarou que os soviéticos haviam capitulado aos estadunidenses. Em 1964, a China realizou seu primeiro teste atômico, sem o aval da União Soviética.

Desfeita a aliança, em 1969, chineses e soviéticos entraram em confronto direto, pois os soviéticos alegaram que os soldados chineses haviam ultrapassado as fronteiras do Rio Ussuri, que delimita a fronteira entre os dois países, e atirado contra eles. Já os soldados chineses afirmavam o contrário.

O conflito sino-soviético incentivou outros países do bloco socialista a obter também uma política mais independente em relação às diretrizes do Partido Comunista Soviético. Assim, a China se apresentava como uma nova potência comunista que ameaçava os interesses dos Estados Unidos e da União Soviética.

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