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terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Fluxo de capitais produtivos: as empresas globais

A economia-mundo teve início quando as empresas transnacionais passaram a cruzar as fronteiras dos Estados nacionais, deslocando seu capital para atender a interesses econômicos, sempre que um lugar apresentasse maiores vantagens. Essas empresas, com filiais espalhadas pelo mundo todo, fazem aplicações, movimentam recursos, decidem sobre a produção e o comércio de seus produtos, independentemente dos governos nacionais dos países onde se instalam.

Após a Segunda Guerra, as grandes empresas dos países desenvolvidos “invadiram” os países não desenvolvidos para fabricar seus produtos e aumentar ainda mais seus mercados consumidores. Desse modo, não só fugiam dos pesados impostos e das severas leis trabalhistas de seu país, como também aproveitavam as vantagens da mão de obra barata dos países onde instalavam as novas unidades. Foi o que ocorreu com as montadoras automobilísticas e com as indústrias de eletrodomésticos que se instalaram no Brasil, na segunda metade do século XX.

Como as etapas da produção eram realizadas em vários países, essas empresas ficaram conhecidas na época como multinacionais. Hoje são chamadas transnacionais, pois não são empresas de vários países, como a antiga terminologia poderia sugerir, mas de um só país, cuja ação ultrapassa fronteiras.

Com as facilidades do espaço mundializado, surge a empresa global, que pode se originar de uma empresa transnacional ou, simplesmente, já nascer global. Na empresa global, os processos de produção são mundializados, isto é, possuem unidades de produção complementares em vários países. Ela pode, por exemplo, fazer seu projeto nos Estados Unidos, fabricar os componentes em Taiwan e montar o produto na Argentina. Pode ter seu sistema de produção em um país onde seus produtos não são consumidos. Por outro lado, seu mercado mais importante pode estar em um lugar onde ela não possui nenhuma unidade de produção.

Por esse motivo, os especialistas costumam dizer que a empresa global “não tem pátria”. Seu objetivo é cristalizar uma marca que não está relacionada com nenhuma cultura nacional. Geral mente, a empresa global procura se ligar à imagem de pessoas que tenham destaque na mídia, como esportistas, artistas de cinema, cantores, líderes políticos ou de movimentos sociais, etc.

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