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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Fascismo português

Em 1910, um golpe militar proclamou a República em Portugal, país que, por não ter uma tradição democrática, viveu um período de grande instabilidade política. Em 1926, foi implantada uma ditadura comandada pelas altas patentes militares e, após uma série de sucessões de liderança, em março de 1928, o general Fragoso Carmona tornou-se presidente do país e nomeou Antônio de Oliveira Salazar para o cargo de ministro da Fazenda.

Salazar, na verdade, tornou-se o homem forte de Portugal, apesar de a presidência de Carmona ter durado até 1951, ano da sua morte.

A influência de Salazar era tanta que, em 1933, ele se tornou primeiro-ministro e implantou um regime conhecido como Estado Novo, baseado no fascismo italiano. Dessa forma, a exemplo dos demais regimes fascistas, durante o regime salazarista, as liberdades individuais foram restringidas e a esquerda passou a ser duramente perseguida. O autoritarismo de Salazar também foi sentido na África e na Ásia, afinal, durante todo o período salazarista, as colônias portuguesas daqueles continentes foram conservadas.

Apesar da sua morte, em 1970, a ditadura salazarista continuou até 1974, quando foi derrubada por um movimento de jovens militares que deu início à democratização do país. Tal mobilização, responsável pela derrubada do salazarismo, ficou conhecida como Revolução dos Cravos.

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