Se você fizer, agora, uma breve busca nos principais portais de notícias nacionais e internacionais, certamente vai encontrar inúmeras referências a episódios de discriminação, preconceito e intolerância.
As lutas das minorias e todas as ações históricas que buscaram garantir seus direitos e sua efetiva inserção social, além do respeito às diferenças, não impediram que o século XX e o início do século XXI fossem marcados pela violência, perseguição e discriminação de grupos minoritários.
Diariamente, nas mais variadas partes do mundo, pessoas são hostilizadas, agredidas, torturadas, perseguidas, mortas por pertencerem a alguma minoria.
As mulheres são alvo, historicamente, de variados tipos de violência. As diferenças salariais entre homens e mulheres para ocupar os mesmos cargos; a questão do trabalho doméstico, que, recorrentemente, recai exclusivamente sobre as mulheres; a violência doméstica, que, diariamente, vitima milhares de mulheres são apenas alguns indícios de como esse grupo social padece com a exclusão e a violência.
O mesmo acontece com as populações negras, que foram inferiorizadas socialmente ao longo do tempo e ainda precisam lutar para ter direitos e respeito. Em diversos países, como é o caso do Brasil, as populações negras são extremamente vulneráveis, sendo os principais alvos de violência por parte do Estado e as mais atingidas pela pobreza e pela miséria, além de terem dificuldades muito maiores para acessar o ensino formal e ocupar postos de destaque no mercado de trabalho.
As questões ligadas a gênero e sexualidade também resultam, em praticamente todo o mundo, em cenas diárias de violência. A população LGBTQI+ é alvo constante de preconceito, sendo discriminada no mercado de trabalho e, muitas vezes, marginalizada socialmente, tendo que lutar, por exemplo, para o reconhecimento de suas identidades sociais.
Nas sociedades europeias, diante da massiva migração de refugia- dos que tentam escapar de situações de miséria e exploração em países submetidos a graves crises econômicas ou a conflitos políticos, cada vez mais crescem discursos xenófobos, que buscam responsabilizar os estrangeiros por todos os problemas sociais e econômicos. Na maioria dos países atualmente, vozes ainda se levantam para defender discursos de ódio, recusando o diferente e defendendo posturas ultraconservadoras. Em pleno século XXI, ainda existem grupos que seguem afirmando visões racistas e discriminatórias contra as mais variadas minorias sociais, tornando imprescindível a luta dos movimentos sociais e a criação de mecanismos legais de promoção da igualdade e da justiça social.
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