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terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

A subordinação do campo à cidade

A Revolução Industrial, que começou no século XVIII, e a consequente revolução urbana, causada pela nova atividade econômica, foram as grandes responsáveis pelas transformações radicais ocorridas nas relações entre o campo e a cidade e que se acentuaram no século XX. Um dos principais acontecimentos que contribuíram para essas mudanças foi a saída de grandes massas de trabalhadores do campo em busca de melhores condições de vida nas cidades, o chamado êxodo rural, que acabou acelerando a urbanização da humanidade.

A inserção da agropecuária na economia industrial, que subordinou essa atividade à cidade, foi um aspecto fundamental dessas transformações. Nesse processo, o campo passou a ser o fornecedor de matérias-primas para a indústria e de alimentos para a população urbana. Ao mesmo tempo, tornou-se grande consumidor de produtos industrializados, como máquinas agrícolas, pesticidas, vacinas e rações para animais.

As indústrias também deixaram de ser exclusividade das cidades. Elas passaram a ser instaladas também no campo, localizando-se, muitas vezes, em propriedades agrárias. São as chamadas agroindústrias, como as usinas de açúcar e de álcool combustível, o etanol.

O agronegócio ou agrobusiness, conjunto de operações comerciais e industriais que envolvem a produção agropecuária, passou a dominar grande parte dessas atividades. A produção em grande escala tem como principal objetivo a exportação de produtos agropecuários. E as commodities são negociadas em Bolsas de Mercadorias e Futuros (BMF) situadas em grandes centros urbanos. A BMF mais importante e tradicional é a Bolsa de Chicago ou Chicago Board of Trade (Cbot), que determina cotações que servem de referência para os negócios com soja em grão, café, trigo, algodão, entre outros. As demais Bolsas acompanham seus negócios durante todo o dia. 

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