As denúncias de violência e extermínio praticados por autoridades e habitantes das províncias contra aldeias indígenas inteiras levaram o governo imperial a aprovar uma medida que nos parece demonstrativa da situação indígena no império. Tratava-se de um regulamento, datado de 24 de julho de 1845, que estabelecia a criação de “missões de catequese e civilização dos índios”.
Os indígenas do sertão deveriam ser integrados em aldeamentos religiosos, dirigidos principalmente por missionários capuchinhos. O regulamento previa o envio de um “diretor” para cada aldeia, nomeado pelo presidente da província, além de um pequeno quadro de funcionários. Os missionários estavam encarregados da evangelização dos nativos, enquanto o diretor se incumbia de “civilizá-los” por meio do trabalho nas lavouras, em atividades de manutenção das missões ou em obras públicas.
O objetivo da política imperial era a assimilação completa dos indígenas, o fim das distinções étnicas e culturais entre eles e sua incorporação ao império como trabalhadores assalariados. Apesar dos esforços das autoridades imperiais pela “civilização” dos nativos, eles resistiram bravamente, e a maior parte manteve suas crenças e seu modo de vida tradicional.
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