(FUVEST/2011) (Adaptada) – Este livro não pretende ser um libelo nem uma confissão, e menos ainda uma aventura, pois a morte não é uma aventura para aqueles que se deparam face a face com ela. Apenas procura mostrar o que foi uma geração de homens que, mesmo tendo escapado às granadas, foram destruídos pela guerra. Erich Maria Remarque, Nada de novo no front. São Paulo: Abril, 1974, p.9. Publicado originalmente em 1929, logo transformado em best seller mundial, o livro de Remarque é, em boa parte, autobiográfico, já que seu autor foi combatente do exército alemão na Primeira Guerra Mundial, ocorrida entre 1914 e 1918. Discuta a ideia transmitida por “uma geração de homens que, mesmo tendo escapado às granadas, foram destruídos pela guerra”, considerando a relação da guerra com a economia mundial, entre as últimas décadas do século XIX e as primeiras do século XX.
RESPOSTA:
A referência a “uma geração de homens” aponta para a Primeira Guerra Mundial como o primeiro grande
conflito generalizado da era industrial. De fato, a mobilização tecnológica e industrial possibilitou não só a
organização de exércitos formados por milhões de soldados, mas também a produção, em larga escala, de
armas de grande efeito destrutivo.
As últimas décadas do século XIX foram marcadas pelo rápido desenvolvimento industrial de vários países
europeus. Esse processo levaria a disputas imperialistas pelo mundo que contribuiriam para o desencadeamento da Primeira Guerra Mundial. A guerra, enquanto um conflito industrial em larga escala, traria
efeitos para a economia mundial, como valorização de matérias-primas. Para os países diretamente envolvidos, implicaria a conversão da indústria convencional em bélica e o alto grau de endividamento, gerando
grave crise econômica, desemprego e, portanto, um cenário desolador. Nesse contexto, o próprio modelo
econômico liberal passaria por questionamentos.
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