Vereadora que quis instituir leitura obrigatória da Bíblia nas escolas é presa por fraudes no INSS. Estimativa é de que as fraudes possam ter causado prejuízo de R$ 170 milhões.
Elian Santana é militante do 'Escola sem Partido'. |
A vereadora Elian Santana (Solidariedade) foi presta na última segunda-feira (26) em São Paulo. A parlamentar é apontada como chefe de um grupo que chegava a cobrar R$ 10 mil para fraudar a contagem de tempo dos beneficiários.
A estimativa é de que as fraudes possam ter causado prejuízo de R$ 170 milhões. Elian é vereadora de Santo André (SP).
A chefe de gabinete da vereadora também foi presa nesta segunda. Os outros detidos são um homem que atuava como procurador dos segurados e um servidor da agência do INSS em Diadema que inseria os dados falsos nos sistemas informatizados da Previdência.
Segundo os investigadores, além das quantias cobradas pela prestação da falsa assessoria, o esquema gerava ganhos político-eleitorais à parlamentar, que figurava como responsável pela obtenção das aposentadorias aos clientes.
Os investigados responderão, de acordo com as condutas praticadas, pelos crimes de organização criminosa, inserção de dados falsos nos sistemas informatizados, corrupção passiva e estelionato qualificado.
Em nota, o Solidariedade disse que suspendeu a filiação de Elian e enviou a denúncia à comissão de ética do partido.
Bíblia
Em sua atuação parlamentar, Elian costumava fazer discursos religiosos e chegou a propor um projeto que obrigava a leitura da bíblia em escolas públicas e privadas. Outro projeto de Elian propunha o “Dia do Cantor Gospel”.
A vereadora também é uma árdua defensora do ‘Escola sem Partido’ — projeto patrocinado por partidos políticos que sugere uma espécie de ‘lei da mordaça’ em sala de aula.
Fonte: Pragmatismo Político.
Fonte: Pragmatismo Político.
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