O professor de medicina da Universidade Federal da Paraíba Felipe Proenço de Oliveira, médico que coordenou o programa Mais Médicos de 2013 a 2016, acredita que profissionais brasileiros não vão preencher todas as vagas que eram ocupadas por médicos cubanos.
Em entrevista à Folha, o professor afirmou neste sábado (17) que há um grave risco de desassistência. Ele estima que 367 cidades vão ficar sem nenhum médico na atenção básica.
“Há vários municípios para os quais foram só os cubanos que se disponibilizaram a ir”, comentou o professor.
De acordo com o professor, nos Estados da região Norte o atendimento à saúde da família vai cair até 30%.
Para Oliveira, as condições impostas por Jair Bolsonaro (PSL) para manter o programa indicam desconhecimento do acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e Cuba, modelo adotado em outros países.
“Esse formato de recrutamento de médicos em áreas desassistidas, sem exigir a revalidação de diploma, é usado em diversos países, como no Canadá e Austrália, e tem tido sucesso”, garantiu.
O professor também disse que os cinco anos do programa Mais Médicos demonstraram melhoras nos indicadores relativos à saúde nos municípios.
Fonte: Blog do Esmael Morais.
Fonte: Blog do Esmael Morais.
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