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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Reino de Gana

Formado a partir do século III da Era Cristã, o reino de Gana se destacou por se desenvolver em uma área distante do litoral Atlântico e fora do gigantesco Deserto do Saara. Seu território se concentra nas atuais regiões de Mali e Mauritânia. Por meio da domesticação do camelo, os povos da região realizaram um intenso comércio com os pastores berberes do Saara, que migravam para o território em períodos de climas desfavoráveis. Entre os povos dessa sociedade, destacavam-se os soninquês, que habitavam a região às margens dos rios Níger e Senegal. Para esses povos, a formação de um reino foi necessária para fazer frente aos ataques de nômades que buscavam saquear a agricultura desenvolvida naquele território.
A intensa produção de ouro formava o pilar de sustentação do reino de Gana. Cidades importantes foram desenvolvidas, como a capital Kumbi Saleh e o importante centro comercial de Audagoste. O apogeu dessa civilização ocorreu entre os séculos VII e IX, quando as atividades de extração de ouro e o comércio de vários produtos, como sal, tecidos, cavalos e tâmaras, permitiram a integração econômica do reino com as regiões do norte da África, Egito e Sudão. O monarca do reino de Gana garantia seu poder por meio da exploração do ouro, que era escoado para os comerciantes árabes empreenderem a cunhagem de moeda.

A desestruturação do reino ocorreu a partir do século XIII, com o progressivo esgotamento da produção aurífera e as sublevações dos povos dominados. Foi nesse contexto que o território passou a ser dominado pelo reino de Mali.

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