Os domínios do Império Inca se espalhavam por regiões dos atuais Peru, Equador, Bolívia, Argentina e Chile. Reunindo diferentes grupos e culturas indígenas, distribuídos em um vasto território, o império mantinha-se, principalmente, por meio de acordos com lideranças e da cobrança de impostos.
A configuração de estados com características imperiais gerou conflitos pelo trono. Foi o que aconteceu na sucessão de Huayna Capac (1467-1525). Seus filhos, Atahualpa (1502-1533) e Huascar (1491-1532), disputavam violentamente o poder quando os espanhóis chegaram à região, em 1532.
Os europeus, sob o comando de Francisco Pizarro (1476-1541), aproveitaram-se da situação. Assassinaram Huascar, culparam Atahualpa pela morte do irmão e o condenaram à morte, não sem antes cobrar uma quantia exorbitante em ouro e prata como resgate.
Com o apoio de povos indígenas rebelados contra a dominação inca, os espanhóis tomaram a cidade de Cuzco (capital inca) e de Quito. Em 1535, Pizarro fundou a cidade de Lima, futura capital dos domínios espanhóis nos Andes Centrais.
A conquista espanhola desintegrou profundamente as estruturas sociais, culturais e religiosas da civilização inca, como podemos acompanhar no texto a seguir: O resultado do conflito não dependeu apenas da força dos oponentes: a partir da perspectiva dos derrotados, a invasão europeia também continha uma dimensão religiosa, e mesmo cósmica. Saques, massacres, incêndios: os índios estavam vivendo o fim de um mundo; a derrota significava que os deuses tradicionais haviam perdido seu poder sobrenatural. BETHELL, Leslie (Org.). História da América Latina: América Latina Colonial. 2. ed. São Paulo: Edusp; Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2012. v. 1. p. 199.
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