O maior lago de Moçambique, que o país partilha com a Tanzânia e com o Malaui, é o Niassa (conhecido nos países de língua inglesa como Lake Malawi). De forma alongada na direção S-N, tem um comprimento máximo de 580 km e uma largura máxima de 75 km. Situa-se na ponta noroeste do país, no extremo meridional do Vale do Rift, a grande depressão que se inicia junto ao golfo de Áden e que, seguindo para sul, separa os planaltos da Etiópia e da Somália e, nas zonas de maior profundidade, é inundada, formando os grandes lagos da África Oriental (Turkana, Alberto, Kyoga, Vitória, Eduardo, Kivu, Tanganhica, Rukwa, Mweru e Niassa, entre outros de menores dimensões).
Outros lagos importantes de Moçambique são o Chiuta e o Chirua, igualmente situados no extremo meridional do vale do Rift mas dos quais Moçambique apenas possui as margens orientais, pois ambos se estendem maioritariamente pelo Malaui. A lagoa Amaramba, inteiramente em território moçambicano, é um apêndice setentrional do lago Chiuta.
No litoral sul de Moçambique (províncias de Inhambane e de Gaza), há diversas lagoas de forma alongada, sensivelmente paralelas à costa: Dongane, Poelela, Maiene, Quissico (ou Zavala), Marrângua, Inhampavala, Bilene. Nesta última, ligada ao mar por um estreito canal, existem alguns aproveitamentos turísticos. Durante a soberania portuguesa, era também designada «concha de São Martinho do Bilene», porquanto, embora bastante maior, tem uma configuração física semelhante à da concha ou baía de São Martinho do Porto, em Portugal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário