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segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Questão de Literatura - UNIP 2022 - Em relação ao conto “A imitação da rosa”, da coletânea Laços de família, publicada por Clarice Lispector em 1960, assinale a alternativa correta.

UNIP 2022 - Em relação ao conto “A imitação da rosa”, da coletânea Laços de família, publicada por Clarice Lispector em 1960, assinale a alternativa correta. 
a) O conto “A imitação da rosa”, assim como os demais contos da coletânea Laços de família, é narrado em terceira pessoa, sendo o foco narrativo caracterizado como onisciência seletiva, em que o narrador, fazendo uso do discurso indireto livre, se detém nos pensamentos da personagem central, como se estivesse alojado em sua mente. 
b) Como sugere o título do conto, a história se passa em um jardim botânico, onde a protagonista Ana se depara com as leis da natureza, caracterizadas por uma vida intensa e imprevisível, em contraponto às leis da sociedade, representadas pelo cego mascando chicletes. 
c) Nesse conto, o estar “bem” se opõe à loucura, o que implica, no nível da protagonista, uma oposição entre a Laura metódica e “chatinha” e a Laura “superhumana”, “luminosa e inalcançável” em seu “isolamento brilhante”. Assim, do ponto de vista da narrativa, o estar “bem” se relaciona ao enquadramento às normas sociais, enquanto a loucura surge como signo de libertação. 
d) Nesse conto, a personagem central, que não recebe nome na narrativa, ao se deparar com um búfalo e encontrar o ódio em seu olhar, vivencia um processo epifânico, isto é, uma iluminação interior que a conduz à reflexão sobre a própria condição, o que é relatado de forma semelhante à situação descrita no conto “Amor”. 
e) Em tal conto, para caracterizar a personalidade apagada de Carlota, o narrador explora a cor marrom: “Os olhos marrons, os cabelos marrons, a pele morena e suave”, o “vestido marrom com gola de renda verdadeira”, de modo a representar o retrato social da mulher casada e submissa ao homem.

RESPOSTA:
Letra C.

No conto A imitação da Rosa, o conceito de “estar bem”, assimilado pela esposa Laura, é aquele que a sociedade patriarcal e machista atribui à mulher casa da. Sair desse paradigma é se tornar perigosa - mente livre, um ato de loucura, um “signo de libertação”, me taforizado na atração pelas rosas.

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