Questão 01 - FEMP-PA - Foi com ....., de ....., que se iniciou o ..... da ficção modernista, abrindo assim uma nova fase da nossa história literária.
a) Fogo morto; José Lins do Rego; 2 o momento.
b) A bagaceira; José Américo de Almeida; 2 o momento.
c) O rei da vela; Oswald de Andrade; 1 o momento.
d) Corpo de baile; Guimarães Rosa; 3 o momento.
e) Gabriela, cravo e canela; Jorge Amado; 3 o momento.
Questão 02 - F.C. Chagas-SP - Em 1928, a publicação de uma obra de José Américo de Almeida abre caminhos para o romance regionalista, que o Modernismo iria desenvolver largamente.
Trata-se de:
a) A bagaceira.
b) Luzia-homem.
c) Porto Calendário.
d) Cangaceiros.
e) Caetés
Questão 03 - FASM 2017 - Leia o trecho do romance A bagaceira, de José Américo de Almeida (1887-1980), para responder à questão.
Era o êxodo da seca de 1898. Uma ressurreição de cemitérios antigos – esqueletos redivivos, com o aspecto terroso e o fedor das covas podres.
Os fantasmas estropiados como que iam dançando, de tão trôpegos e trêmulos, num passo arrastado de quem leva as pernas, em vez de ser levado por elas.
Andavam devagar, olhando para trás, como quem quer voltar. Não tinham pressa em chegar, porque não sabiam aonde iam. Expulsos do seu paraíso por espadas de fogo, iam, ao acaso, em descaminhos, no arrastão dos maus fados.
Fugiam do sol e o sol guiava-os nesse forçado nomadismo.
Adelgaçados na magreira cômica, cresciam, como se o vento os levantasse. E os braços afinados desciam-lhes aos joelhos, de mãos abanando.
Vinham escoteiros. Menos os hidrópicos – doentes da alimentação tóxica – com os fardos das barrigas alarmantes.
Não tinham sexo, nem idade, nem condição nenhuma. Eram os retirantes. Nada mais.
(A bagaceira, 1988.)
No trecho, os personagens
a) alimentam, apesar do sofrimento momentâneo, alguma esperança de que sua condição possa melhorar.
b) são individualmente descritos, ainda que todos exibam, sem distinção, as marcas de um grande sofrimento.
c) são caracterizados pela degradação física, constituindo um amontoado a que se pode genericamente chamar de retirantes.
d) lamentam as condições desumanas a que estão submetidos, mas nada fazem no sentido de transformar sua situação.
e) são descritos de um modo relativamente positivo, o que entra em contradição com o quadro geral da miséria.
Questão 04 - UVA 2013/1 - Podemos dizer que a temática central da obra "A bagaceira", de José Américo de Almeida, é:
A) o amor entre Lúcio e Soledade.
B) a relação familiar entre Lúcio e Dagoberto.
C) a seca e as suas consequências.
D) a tensão entre capitalismo x socialismo.
Questão 05 - UNIFOR 2019/2 - Párias da bagaceira, vítimas de uma emperrada organização do trabalho e de uma dependência que os desumanizava, eram os mais insensíveis ao martírio das retiradas.
A colisão dos meios pronunciava-se no contato das migrações periódicas. Os sertanejos eram malvistos nos brejos. E o nome de brejeiro cruelmente pejorativo.
Lúcio responsabilizava a fisiografia paraibana por esses choques rivais. A cada zona correspondiam tipos e costumes marcados.
Essa diversidade criava grupos sociais que acarretavam os conflitos de sentimentos.
ALMEIDA, José Américo de. A bagaceira. 45.ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2017,p.87
Precursor do romance de 30, A bagaceira personifica, segundo o trecho destacado, a cruel realidade que
a) tensiona as relações entre alguns grupos mais humildes.
b) afeta moradores escravizados do semiárido nordestino.
c) leva moradores dos brejos a migrarem de forma periódica.
d) acontece porque as zonas paraibanas são homogêneas.
e) desperta a empatia naquelas que observam as retiradas.
Questão 06 - ACAFE 2012/2 - Em relação à primeira fase do Modernismo na literatura brasileira, correspondente ao período de 1922 a 1930, é correto afirmar, exceto:
a) Caracteriza-se por ser uma tentativa de definir e marcar posições. Período rico em manifestos e revistas de vida efêmera.
b) O livro A Bagaceira, de José Américo, é considerado o primeiro romance regionalista da primeira fase do Modernismo. Mas seu valor deve-se mais à temática histórica da seca, dos retirantes e ao aspecto social do que aos aspectos literários.
c) É a fase mais radical justamente em consequência da necessidade de definições e do rompimento de todas as estruturas do passado. Caráter anárquico e forte sentido destruidor.
d) Mário de Andrade e Oswald de Andrade são relacionados entre os principais escritores da primeira fase do Modernismo.
Questão 07 - ENEM 2022 - Era o êxodo da seca de 1898. Uma ressurreição de cemitérios antigos — esqueletos redivivos, com o aspecto terroso e o fedor das covas podres.
Os fantasmas estropiados como que iam dançando, de tão trôpegos e trêmulos, num passo arrastado de quem leva as pernas, em vez de ser levado por elas.
Andavam devagar, olhando para trás, como quem quer voltar. Não tinham pressa em chegar, porque não sabiam aonde iam. Expulsos de seu paraíso por espadas de fogo, iam, ao acaso, em descaminhos, no arrastão dos maus fados.
Fugiam do sol e o sol guiava-os nesse forçado nomadismo.
Adelgaçados na magreira cômica, cresciam, como se o vento os levantasse. E os braços afinados desciam-lhes aos joelhos, de mãos abanando.
Vinham escoteiros. Menos os hidrópicos — de ascite consecutiva à alimentação tóxica — com os fardos das barrigas alarmantes. Não tinham sexo, nem idade, nem condição nenhuma. Eram os retirantes. Nada mais. ALMEIDA, J. A. A bagaceira. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1978.
Os recursos composicionais que inserem a obra no chamado “Romance de 30” da literatura brasileira manifestam-se aqui no(a)
a) desenho cru da realidade dramática dos retirantes.
b) indefinição dos espaços para efeito de generalização.
c) análise psicológica da reação dos personagens à seca.
d) engajamento político do narrador ante as desigualdades.
e) contemplação lírica da paisagem transformada em alegoria.
GABARITO
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